“Óh pah!”, Nem um mês. Foi esse o prazo de validade do mais novo deputado do PSD, Eduardo Abreu. Estreou-se na Assembleia Legislativa da Madeira com a esperança própria de quem julga que a política é uma maratona.
Bruno Melim, veterano do hemiciclo e figura central da juventude partidária, voltou a demonstrar a sua habilidade em eliminar potenciais concorrentes antes mesmo de estes perceberem que estavam em jogo. Convencido de que o discreto protagonismo do futuro secretário-geral da JSD poderia ensombrar a sua presença, decidiu enviar Eduardo Abreu ao programa Parlamento, da RTP-M. “Vai lá, brilha!”, terá incentivado...
Brilha? Brilhou. Mas como as estrelas cadentes, depressa e em direção ao chão.
“Óh pah!” O jovem deputado, encantou-nos com a sua capacidade de confundir IRC com o IVA. Coisa pouca. Afinal, quem nunca tropeçou nos impostos? E se o erro fiscal fosse o único... “Óh pah!” vá que não vá. Mas Eduardo decidiu, com a sinceridade dos inocentes ou a inconsciência dos tolos, confirmar aquilo que o PSD passou anos a negar: É o principal responsável pela crise da habitação que se vive na Madeira! “Óh pah!” Admitiu ainda que esteve dez anos sem construir habitação. Uma espécie de suicídio político em horário nobre.
Foi constrangedor. Os colegas de painel, mesmo aqueles que se apresentam como eternos aprendizes da cartilha partidária, quase que estenderam a mão, não por solidariedade, mas por pena.
“Óh pah!” Câmara de Lobos merecia melhor. A Juventude também. Mas não nos enganemos! Eduardo não é o vilão desta história. É só mais um peão num jogo em que os bispos se movem com astúcia e os reis permanecem protegidos. Nem teve tempo para perceber em que mesa se jogava.
Bruno Melim, por sua vez, segue impávido. No topo da cadeia alimentar política, onde só há espaço para um sol brilhar, Oh páh...
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