Os jornalistas tornaram-se políticos na Madeira


Jornalismo ou Ativismo Político?

É impossível não ver como os jornalistas da imprensa e da TV, sobretudo aquele miserável Dossier de Imprensa, estão a fazer campanha eleitoral em favor do PSD, focados em Santa Cruz. Uma decisão política, idêntica a de Albuquerque com Bruno Pereira e exacerbada em Santa Cruz com a Élia Ascensão. São títulos a incentivar a candidatura em grupo de cidadãos pela Élia Ascensão, são sondagens online tendenciosas, são palavras do sistema como Bernardo Trindade, e o já referido Dossier de Imprensa. Os jornalistas já não se importam com a sua imagem, estão descaradamente a fazer campanha eleitoral desde já para queimar a JPP. Está claríssima a função da comunicação social na Madeira, com proprietários da oligarquia e subsídio do Governo.

Estamos a assistir a uma cobertura desequilibrada, o jornalismo está a dar mais destaque a notícias negativas ou críticas sobre uma determinada candidatura, enquanto minimizam ou ignoram as positivas, ou vice-versa para candidaturas "favoritas".

A linguagem é tendenciosa, carregada de juízos de valor, adjetivos depreciativos ou eufemismos, que moldam a perceção pública de uma forma enviesada.

Estão a executar um seleção seletiva de fontes, ou seja, a dar voz apenas a críticos de uma candidatura, não apresentando o espectro completo de opiniões.

Para assuntos iguais usam um excessivo em controvérsias sempre para o mesmo lado. Estão a dar uma atenção desproporcional a escândalos ou polémicas forjadas de uma candidatura, mesmo que de menor relevância, em detrimento de questões programáticas ou de substância.

Estão a fazer campanhas de desinformação e deturpação, uma candidata é catapultada para uma excelência que nunca lhe deram. Só quando é contra o partido a abater é que lhe deram tempo de antena.

Configura-se uma grave violação dos princípios éticos do jornalismo, que incluem a objetividade, a imparcialidade, a verificação dos factos e a apresentação equilibrada das diferentes perspetivas. Por este caminho, quando os jornalistas assumem um papel político, as consequências para a democracia são significativas. Os jornalistas estão radiantes com a sua "importância", mas a política é cruel e estão a cavar a sua sepultura. Uma boa parte dos cidadãos deixam de confiar nos meios de comunicação social como fontes credíveis de informação, depois não se queixem das redes sociais.

A manipulação mediática pode influenciar indevidamente o resultado das eleições, privando os eleitores de uma escolha informada e justa. Com este absurdo, deve-se expor a nível nacional o que se passa na Madeira e chamar a atenção da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). Basta verem o que nós vemos.

O jornalismo na Madeira tornou-se descaradamente braço armado de um partido, assistimos aos meios de comunicação a se alinharem com certas agendas políticas, a diversidade de opiniões e a crítica construtiva estão a ser suprimidas. O Dossier de Imprensa é uma oportunidade para perceber o estado do jornalismo na região, os que lhes serve estão radiantes, os que não têm o poder económico, executivo e financeiro dizem que isto não é democracia.

Os jornalistas não estão a trabalhar para os leitores, mas sim para seus patrões e o poder político.

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