Porque são freiras ricas a se esforçarem para nos convencerem que são pobres.
E sta semana as poucas freiras desta congregação na Madeira, juntamente com a sua claque de beatas e beatos, estão reunidas em Congresso no Auditório do Casino da Madeira. Pobreza, verdadeira pobreza é isto. Coisa pouca para quem muito arrecadou com os negócios à volta do ensino ou educação como pomposamente se referem. Assinalam 100 anos de presença na Madeira.
É claro que foram importantes naqueles primórdios, quando tudo começou infusas de verdadeiros ideais de pobreza e serviço ao próximo, princípios verdadeiramente cristãos. Depois dos tempos da chulice governamental tudo o vento levou.
Mas hoje são totalmente inúteis e dedicam-se a fazer negócio com o ensino. Depois da organização da escola pública perderam o sentido e a utilidade e converteram-se em negociantes do ensino totalmente votadas ao cuidado de meninos ricos da cidade.
Um ensino privado subsidiado com os impostos de todos os contribuintes. As mensalidades dos alunos são o lucro que as freiras arrecadam para comprar mais imóveis, manter o seu vasto património na região e viverem numa colmeia de luxos pouco cristãos.
O congresso decorre com figuras iguais entre iguais. Não haverá ali uma opinião que destoe do discurso bafiento dos elogios e da redundância característica destas circunstâncias. Ninguém terá coragem para dizer-lhes cara a cara da sua inutilidade, que se dediquem ao serviço da pobreza, e a viverem o que apregoam por estes dias: solidariedade e evangelização. Embora se receie que não saibam nada do que tais palavras queiram dizer.
«Educação, Solidariedade e Evangelização», é o mote para a celebração hipócrita dos seus 100 anos de presença na Madeira. Educação ainda vá que não vá, bem ou mal foi o que fizeram. Mas solidariedade e evangelização, onde é que foi isso?
Mas que educação foi essa, quando nos últimos 50 anos se dedicaram ao ensino dos meninos da fina flor do PPD/PSD. As várias gerações educadas neste ninho, formou gente que se acha grande, com sangue azul, desonesta, altiva demais que desprezar, saneia e descarta os simples e os pobres. Todos com uma inconsciência doentia diante do serviço público. A Apresentação de Maria foi (é) uma «escola» que gerou incompetentes engravatados sem vergonha de se assoarem nas gravatas de marca que ostentam.
A educação destas freiras não é cristã, muito menos evangélica, porque sempre se calaram diante dos desmandos dos vários governantes que abandalharam a escola pública para canalizarem dinheiro para as unhas de freiras sem escrúpulos, mais interessadas em fazer negócios do que a rezar e a viver a solidariedade como apregoam agora.
A solidariedade destas freiras soa a falso, porque habitam no coração da cidade e nunca se lhes viu uma palavra, um gesto que fosse ao encontro dos mais necessitados que deambulam pela cidade e que são os seus vizinhos mais próximos.
São uma colmeia de comodistas que vivem no bem bom à custa dos demandos dos vários governos que apoiam as instituições de solidariedade social com o único critério que é o eleitoralismo puro.
Estas freiras são inúteis. As suas escolas deviam ser confiscadas e elas mandadas fazer o que apregoam, mas na pobreza e desprendimento, evangelizar. Nunca educar, porque que a única coisa que percebem de educação é fazer negócio sob uma fama que ganharam em determinados tempos, mas que hoje é serôdia e desnecessária.
A sua ação na educação é perfeitamente inútil e não merecem esta reunião magna, pomposamente chamada de congresso, apoiado por instituições que deviam primar pela verdade e não gerir o bem público a seu bel prazer com interesses partidários e sectários.
Os tempos ditarão o fim destas freiras por mais que estes eventos venham incensar a nossa vista com uma verdade que já não existe e hoje é totalmente inútil.
Manuel Barros
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