P arece que a fábrica de carvalhinhos incompetentes continua a trabalhar a todo o vapor! Depois da nossa estimada Paula Margarido, que já nos tinha presenteado com a brilhante ideia de que castigar pobres e drogados resolve todos os males da humanidade (provavelmente inspirada num manual de pedagogia da Idade Média), eis que surge o novo herói da estupidez: N. Carvalho.
Sim, meus amigos, temos mais um carvalhinho no carrossel da incompetência regional! Este, especialista em drogas, ou melhor, especialista em não perceber absolutamente nada de drogas, decidiu que o melhor caminho é... adivinhem! Castigar ainda mais quem já está no fundo do poço. Porque, claro, se há coisa que ajuda um toxicodependente é a humilhação e o chicote.
O problema, pequenino, de somenos importância, quase irrelevante, é que a ciência diz exatamente o contrário. Por exemplo:
Um estudo publicado na The Lancet Psychiatry (2015) concluiu que as políticas de criminalização não têm impacto significativo na redução do consumo de drogas e que as abordagens de saúde pública são muito mais eficazes.
Referência: https://doi.org/10.1016/S2215-0366(15)00121-6 (pode não funcionar)
O caso de Portugal (que aparentemente estes iluminados desconhecem, apesar de ser aqui ao lado) é estudado no mundo inteiro: desde a descriminalização das drogas em 2001, o consumo problemático diminuiu, as mortes por overdose caíram drasticamente e as taxas de infeção por VIH associadas ao uso de drogas injetáveis desceram mais de 90%. O caso de Portugal, desde a descriminalização em 2001, tem sido amplamente elogiado. Um relatório do Cato Institute mostra que o número de mortes por overdose caiu de 80 para 16 por ano em apenas 8 anos, e as infeções por HIV associadas a drogas caíram drasticamente.
A própria ONU, no seu World Drug Report 2023, afirma claramente que as abordagens repressivas falharam em travar o consumo e que políticas centradas na saúde produzem melhores resultados sociais e de saúde pública.
Referência: https://www.unodc.org/unodc/en/data-and-analysis/world-drug-report-2023.html
É caso para perguntar, o que é que eles fumam nos briefings? Se calhar era boa ideia partilhar com o resto do país, porque deve ser coisa forte.
Temos então o Jorge Carvalhinho, o secretário da deseducação, que após pressão mediática e antes de sair dá 3 benesses enganadoras a professores para a entrada para o quadro. Madeira Opina, força! vocês estão a mudar a Madeira.
Temos a Paula Margarido, a justiceira da miséria alheia. E agora junta-se à equipa de super-heróis do disparate o N. Carvalhinho, o campeão da repressão sem resultados.
Só falta mesmo lançarem bonecos de coleção:
“Os Incompetentes — Edição Especial: Cérebros de Manteiga”.
Apostava que vendia bem. Infelizmente.
Nota do MO: autor, o primeiro link não funciona, sai a publicação, corrigimos depois se houver melhor URL.
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.