"Sacanices" Políticas.


Viva, resistentes do CM! Agradeço a publicação deste texto e mando um abraço, desde já, a todos vós. Vejo aqui contar umas histórias da carochinha (ou não).

N uma Câmara da Região, certo dia recebeu-se uma cartinha da Segurança Social. A mesma dizia que havia uma dívida de x00,00€, respeitante a um determinado mês e ano. Nada mais constava nessa cartinha, nem o conteúdo obrigatório: a descriminação, a fundamentação, ou seja, dizer que transferências em concreto estavam em falta. Nada. Simplesmente diziam “vocês devem tanto, deste mês e ano”, mais nada.

A Câmara tinha sido décadas do PPD, bem como a Segurança Social, embora naquele momento estivesse na Câmara uma cor diferente a governar. Os trabalhadores das duas instituições conheciam-se, logo, iniciaram-se contactos informais entre eles para perceber melhor a situação. Após mails e telefonemas, o que diziam da Segurança Social era estranho, no mínimo: que não percebiam nem conseguiam explicar que dívida era aquela.

Os dados nos quais se baseia a Segurança Social vêm da própria Câmara. Iniciou-se a averiguação às fontes internas da Câmara para consultar tais dados. Tais fontes internas deveriam dar diferença igual a 0 entre qualquer uma delas, ou seja, deveriam ser todas iguais entre si. Constatou-se que não havia uma fonte que fosse igual a outra, tudo diferente. Lapso, certamente, mas não se descarta sabotagem interna de trabalhadores PPD.

Perante isto, houve quem não desistisse e, com margens de erro, fizeram-se cálculos. De tais cálculos resultou a conclusão: não só essa dívida não tinha justificação bem como já tinha sido pago 4 a 5 vezes a mais esse montante à Segurança Social. Curioso.

Mas porquê isto? Eis que se fez luz: as eleições autárquicas estavam aí à porta e esta era uma acção “alla putanesca di mafia”, procurando depois acusar este executivo camarário, de cor diferente, de falharem numa das coisas mais importantes: da garantia dos direitos mais básicos e fundamentais dos trabalhadores.

Informados todos os que deveriam ser informados, a decisão política foi solicitar uma verificação da conta dessa Câmara perante a Segurança Social, para ver o débito, o crédito e o saldo. Assim que essa resposta chegou, o esquema borregou: ainda constava lá a pseudo-dívida de x00,00€ e um saldo positivo de x000,00€ - tinha sido pago 10 vezes a mais o valor da pseudo-dívida. Não é à toa que o Tribunal de Contas anda em cima desta instituição. Ainda por cima, em cálculos e transferências para a Segurança Social existem variações de algarismos até às centésimas (cêntimos de euro), o que adensa o mistério em relação a números “tão redondinhos e certos”.

Há um certo paralelismo com o caso de um homem, adepto do Nacional, que escreveu com nome próprio o que se passou com a EEM, em que lhe cortaram a energia, sabotaram a reposição e, a partir do topo da instituição, procuraram impedir a reposição de energia. Note-se que este homem e sua família tinham as contas em dia (espero vê-lo a escrever com mais regularidade, senhor, pois os seus textos têm muito “sumo”). Também um caso que soube de alguém que recebeu uma conta da ARM no valor de 4 dígitos, sem existência de fugas de água nem nada que se pareça. Um consumo de quase 2 anos registado em um mês. Sim, é alguém que também pensa e fala.

Como dizia o nosso conterrâneo Arnaldo de Matos: “isto é tudo um putedo!”. Lembrem-se que mafiosos não entendem a dignidade nem a razão, só entendem a lei da força. Mas há gente que pensa que através de votos mudam alguma coisa. Já nas ruas de Catalunha, há uns anos, depois de anularem o referendo, escreveram uma frase internacional: “se votar mudasse alguma coisa, seria proibido”. Hoje, 14 de Julho, celebra-se o aniversário da Revolução Francesa de 1789, a mesma que ainda não chegou à cabeça de muitos (eu não escrevi “ao pescoço”, note-se). Já desde então que se sabe a solução: o Povo no Poder do Estado, sem intermediários nem partidos, sem burocracias nem excessos, de tecnicismos, relativismos e demais.

Um abraço a todos os que pretendem a Dignidade para todos aqui na Região. Que um dia nos livremos dos parasitas e mafiosos todos. Sem pesos na consciência.

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