Q uero desmentir Paulo Fontes (link), o rali não teve mais gente, as pessoas usam a tolerância de ponto para outras atividades (link) porque muitas não se metem em confusões, tal como deixaram de usufruir da sua ilha por causa da massificação do turismo. Pensar na carraria, gente, para estar à espera ao sol para ver carros passar talvez seja quadro que novas mentalidades não comungam. Depois o rali é uma coisinha por casa que pouco conta.
O Rali é uma distribuição de subsídios para se efetivar, a pilotos com algum nome, a jornais para lhes fazer a cama da projeção e anunciar a narrativa que mantém os manda-chuvas com seu pasto e que indica o que as pessoas devem dizer.
Só porque um piloto se queixou dos congestionamentos nas vias, Paulo Fontes teve que reconhecer que agora não podem incluir os mesmos tempos nos troços de ligação por causa do turismo estúpido do Eduardo Jesus. Ahh que os tempos estavam apertados e vai modificar, desculpe, fez o que sempre fez, a realidade é que mudou. Mas tal como a necessidade do ferry também não se pode dar bandeira sobre a loucura de trânsito provocado por Eduardo Jesus porque o GR financia o rali.
O rali vinho Madeira precisa de outro sangue, de objetivos e que o relancem (agora nem se fala que traz turismo), alguém que reconheça a necessidade de um ferry no Madeira - Continente. O Rali da Madeira, outrora um dos eventos desportivos mais emblemáticos da ilha, enfrenta desafios que se refletem na perceção pública e na sua relevância. Precisamos de um rali atrativo onde se vem por gosto e competição sem subsidiação, de acabar com o bloqueio mental de pilotos em meter carros em porta-contentores e a logística que implica. Tudo consome mais tempo e não podem ficar com carros "presos".
A perceção é de que o rali não teve mais gente, as bancadas tipo expositor na Avenida do Mar engana, os vips apresentam-se em anfiteatro em vez de pessoas todas ao mesmo nível. Cada vez mais pessoas usam a tolerância de ponto para outras atividades (link), claramente um aumento de uma desconexão entre o evento e a população em geral. Para fanáticos, interesses instalados, elite do poder, organização, etc, naturalmente não é verdade. Já não encarneiram o funcionalismo publico, a menos que o rali coloque uma máquina de marcar o ponto, coisa que não tem no hospital ... A afluência de público é a prova do sucesso e vitalidade de qualquer evento, por isso é importante vender uma narrativa que todos os interessados descritos divulgam até à exaustão. É fundamental que o evento consiga gerar entusiasmo e envolvimento genuíno, em vez de ser apenas uma tradição que se cumpre.
Um rali ligado às "máquinas", com apoio massivo do GR, não se traduzem num crescimento real do evento, a sua sustentabilidade a longo prazo está em risco. Na Madeira odeia-se competição e arranjam maneira de tudo "parecer". É do interesse do GR mais este faz de conta, inserido na realidade de que não há dimensão para se ter um rali largamente financiado pelo privado através da publicidade. Conseguem dizê-lo para um ferry viável mas não para um rali... que não se faria sem dinheiro público para a organização ... e muitos carros. Parêntesis, foi abjecto: link.
A questão dos congestionamentos e a alteração dos horários dos troços de ligação, motivada pelo turismo estúpido do Eduardo Jesus, revela um conflito de interesses, que mais uma vez Paulo Fontes sonega. O rali precisa de coexistir com o turismo, mas sem que a sua essência seja comprometida. As declarações de Paulo Fontes, presidente da comissão organizadora, sobre a possibilidade de adaptação dos horários para lidar com o trânsito, embora demonstrem uma abertura ao diálogo, também podem ser interpretadas como um sintoma de um problema maior: a falta de planeamento e a dificuldade em equilibrar as necessidades do evento com as condições da nova realidade da ilha.
Mais uma vez, um ferry facilitaria o transporte de equipas, viaturas e adeptos, o que poderia aumentar significativamente o número de participantes e de espectadores. Aquele vento predominante no nosso aeroporto não é garantia, tal como os porta-contentores. Ninguém fala, mas é a verdade!
O rali da Madeira atravessa um longo período de estagnação. Para que possa voltar a ser um evento de relevo, é essencial que a sua organização repense a sua estratégia de marketing para reconectar com o público e gerar entusiasmo genuíno. Melhore a transparência e a gestão dos seus recursos, garantindo que os investimentos se traduzam em crescimento real. Crie uma visão estratégica que equilibre a tradição do evento com as necessidades modernas de turismo e logística.
Este texto é mais benéfico ao rali do que a bajulação, se continuar assim, a Binter vai ganhar muito dinheiro com o Rali das Canárias no Mundial.
Paulo Fontes, não fosse do PSD, faz a mesma narrativa da Festa do PSD, que é da Madeira e dos madeirenses, ... para manter o bem estar das elites. Pondo fanáticos, interessados e interesseiros à margem, quem acredita que o rali vai para melhor? A Madeira não usa massa crítica para crescer, só defende seus lóbis, monopólios e status quo.
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