Marcha atrás no overtourism III


Veneza, Itália
Veneza é um dos casos mais icónicos de overtourism, onde o número de turistas diários chega a ser superior à população residente. As medidas tomadas são uma resposta a anos de protestos de residentes e a avisos da UNESCO sobre a possível perda do estatuto de Património Mundial.

A partir de 2024, Veneza introduziu uma taxa de entrada de 5€ para visitantes que não pernoitam na cidade. O objetivo é desencorajar as visitas de curta duração, que causam grande pressão sobre a infraestrutura, e incentivar estadias mais longas que beneficiem a economia local de forma mais sustentável.

Em 2021, o governo italiano proibiu a entrada de grandes navios de cruzeiro no Canal de Giudecca, redirecionando-os para portos no continente. Esta medida foi tomada para proteger os frágeis edifícios da cidade e os seus canais do impacto das ondas e da poluição.

A cidade tem apertado as regras para o arrendamento de curta duração, como o Airbnb, para tentar travar a proliferação de alojamentos turísticos que expulsam os residentes do centro histórico.

Amesterdão, Países Baixos

Amesterdão é outro exemplo de uma cidade que, depois de ser promovida como um destino de festa, está agora a tentar mudar a sua imagem e a controlar o fluxo de visitantes.

Campanhas de "Desmarketing". A cidade lançou campanhas de marketing dirigidas especificamente a jovens britânicos que procuram festas, com o slogan "Stay Away" (Fica Longe), para desencorajar o turismo de massas e comportamentos indesejados.

Amesterdão proibiu a construção de novos hotéis para limitar o número de camas disponíveis e também travou a abertura de novas lojas direcionadas a turistas no centro da cidade, tentando proteger os negócios locais.

A cidade aumentou significativamente a sua taxa turística, que é uma das mais altas da Europa, com o objetivo de financiar a gestão do turismo e desencorajar visitas de curta duração.

Barcelona, Espanha

Barcelona enfrentou protestos de residentes contra o turismo em massa e as suas consequências, como a especulação imobiliária e a gentrificação.

Barcelona foi uma das primeiras cidades a tomar medidas rigorosas contra o arrendamento de curta duração ilegal, impondo multas avultadas e limitando o número de licenças.

A cidade restringiu o tráfego de autocarros turísticos no centro da cidade e regulou os pontos de paragem e recolha de passageiros.

Em locais como o Parque Güell, foram implementadas taxas de entrada e um sistema de reserva com quotas diárias para controlar o número de visitantes. A entrada gratuita foi mantida para os residentes locais.

A câmara municipal (ayuntamiento) tem promovido zonas menos turísticas da cidade e de toda a Catalunha para distribuir melhor os visitantes.

Voltarei. A malta do MO tem me informado da vossa boa aceitação.

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