A jogada de Sérgio


O Sérgio Gonçalves, com dinheiro da UE, decidiu arrastar a asa ao jornalismo regional depois de ostracizado por um Governo Regional que não lhe liga nenhuma, sendo o único deputado ao Parlamento Europeu pela Madeira. Decidiu investir nos líderes dos editoriais ou pelo menos jornalistas influentes no meio, a ver se tem mais tempo de antena, o problema é que se esqueceu que todos eles têm "donos" ou estão subjugados a razões mais potentes do que falar de desinformação, onde eles próprios são veículos através do condicionamento da informação da oposição, da propaganda de agenda ou até participando em jogadas de campanha eleitoral para dar a vitória ao PSD.

O Sérgio Gonçalves, que já foi Presidente do PS-M, sem sucesso, mostra que continua a apostar nas principais razões do insucesso do seu partido, confiar a mensagem à esta comunicação social da Madeira. Jornalista algum junto do poder ou dependente do MediaRAM para ter ordenado vai arriscar o coiro por um passeio, faz como alguns eleitores, come a benesse e vota noutro.

O PS-M precisa de limpeza e refundação, limpeza das toupeiras plantadas pelo jornalismo que sempre têm primeiro a palavra para destruir o PS-M com o seu mau feitio, gente que tem benesses social democratas na sua vida profissional ou empresarial. Limpeza das ratas velhas que fixam uma imagem do partido que não se renova de caras para haver esperança. Precisa de refundar para ver quem está realmente ativo e que participa de boa fé.

De um modo geral, despidas de interesses, quem está fora do PS-M detecta melhor os seus erros do que aqueles que manobram pelo seu lugar dentro do partido. Assim não temos um partido para os madeirenses mas um partido aprisionado, amarrado a interesses pessoais. A política é uma passagem e não uma permanência. Na derrota é mais urgente e necessário mudar, mas infelizmente na Madeira, habituaram-se todos, Poder/PSD e Oposição a permanecer, por maior que seja a derrota, o escândalo, o caso de Justiça, é claro que tem de dar os mesmos resultados ou evoluções pírricas.

É bom ver como o Chega cresce e aprender alguma coisa. Antes só havia maluquinhos a falar, agora há exemplos. O PS-M, na sua teimosia de sistema, ruma à insignificância e vai chegar ao tempo de faltar quem queira ser líder, ou o tempo daqueles que ficam para fechar a porta com um, dois, três elementos atrás com a bandeirinha a fazer volume.

O PS-M deveria ser um partido permanentemente atingido por ataques e farpas do poder, sinal de que são o principal concorrente, isso não se vê, o jornalismo começa a achar que não é por aí que deve atacar, o PS-M está domesticado porque é um partido de sistema com gente a zelar pelo lugar enquanto mata o partido. Depois de tantas eleições não estou a falar verdade? Quem falha na alternância na Madeira é o Partido Socialista, partido que deve ameaçar o poder ou contar para coligações. Os insucessos superam largamente os sucessos.

Sérgio Gonçalves, que já foi líder do PS-M, mostra como pessoalmente (depois do partido), único deputado da Madeira no Parlamento Europeu (sem concorrência) não consegue comunicar e brilhar na era de plataformas em que estamos. É um "jovem" antiquado, acorde para o manancial de divulgação.

Termino aliviando o fardo, descanse que a oposição em geral acaba de cair no mesmo erro nas Autárquicas, entrega-se aos palcos viciados e inclinados que o poder fornece para a sua derrota.