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Com os passivos e desligados madeirenses, controlar a Madeira é fácil. |
J á são 16 candidatos venezuelanos nas listas do PPD. Uma história que começou com o (...) Fernandes já vai bem avançada, ao ponto de eu ter de recorrer ao Google Tradutor para conseguir perceber a notícia publicada por este “jornal” que se diz representar a comunidade luso-venezuelana. Fico chocado ao ver como é que o partido do regime consegue ter apoiantes dentro de uma comunidade que, supostamente, está a fugir do regime da Venezuela. É caricato, para não dizer revoltante, observar que não só apoiam o partido laranja como ainda aparecem nas listas para defender os donos disto tudo. O tal (...) Fernandes aprendeu bem com o seu chefe, Jaime Filipe Ramos, mestre em infiltrar e minar estruturas por dentro. Quem anda minimamente atento sabe que este mira sempre esteve colado tanto ao Filipe como ao Carlos Rodrigues, que agora segue para a Câmara do Funchal para ser o fiel “chibo” do filho do Jaime.
Ao ler bem a notícia, é curioso notar como dão grande destaque a Bracamonte, a atual vereadora que até tem mostrado trabalho, mesmo que à custa do seu sotaque irritante e da postura de menina calma da cidade. Quem a conhece de perto, no entanto, sabe bem que é alguém com quem se deve ter muito cuidado. O que me intriga é perceber como é que o PPD permite que estes miras tenham tanto espaço e influência. O Rui Abreu, que em outros tempos controlava os miras ricos, parece hoje completamente dominado por este pequeno grupo do núcleo de emigrantes.
Enquanto em Lisboa o PSD se aproxima perigosamente do CHEGA, aqui na Madeira o PPD prefere andar de mão dada com quem nem sequer domina a nossa língua. Ainda mais grave: não só lhes dá palco como até lhes abre as portas para integrarem as listas oficiais. Isto é surreal. O resultado? A partir do dia 12, muitos deles estarão sentados em câmaras e juntas de freguesia, prontos para tomar decisões que afetam diretamente os madeirenses, sem que muitos sequer consigam perceber o que dizem. Estamos perante uma verdadeira tentativa de colonização das nossas estruturas políticas locais, uma infiltração silenciosa que ameaça a identidade e a autonomia da região.
É urgente que os madeirenses percebam o risco em jogo: não se trata apenas de política partidária, trata-se de defender a nossa própria cultura, a nossa forma de estar e o respeito pelas instituições democráticas. Se continuarmos a fechar os olhos, amanhã será tarde demais.