A Madeira gosta de ditadura. E vai tê-la.


... e dos superlativos.

N uma ilha esquemática a ditadura e a censura são bem vindas, porque são o garante de que cada um viverá sempre longe da lei, das regras e do bom senso, à luz dos maus exemplos dos governantes, o garante de manter as ilicitudes, compadrios e cunhas que matam o mérito, destroem a seleção natural e tornam a ilha um ninho de incompetência. Gostam do revisionismo e da narrativa fraudulenta. Já se perguntou porque os serviços públicos não funcionam e são antes um emaranhado de disfuncionalidades e egos, num ambiente que se obstaculiza com a burocracia estúpida na era da informática e da AI? Então esta ilha de superlativos tem esta qualidade na prática. Aos incompetentes, corruptos e vígaros basta-lhes a propaganda da cegueira, a mentira em que acreditam, assumida por verdade no silêncio dos condicionados.

Uma ilha assim, de claques fanáticas que querem o seu poder, a sua garantia e não o bem comum, onde todos falam para ninguém ouvir, onde se berra muito, onde o ruído que não explica é predominante, onde a liberdade de imprensa e da expressão é atraiçoada por jornalistas e um povo medroso ou vendido, estar calado, em censura e ditadura é um ambiente que se deseja. Até ao dia que, tal como os tachistas já brigam por sobreposição de cargos e organismos, onde os naturais foram substituídos por estrangeiros porque os primeiros foram dizimados com a pobreza, a perseguição e uma governação desviada para objectivos pessoais de uma horda infestante em larga escala... se torna maior que a democracia.

A Madeira gosta de ditadura, porque a soma de todos os vendidos deseja o silêncio que as esconde, perfiladas como peões à sobra dos verdadeiros glutões que criaram um poder total para "gamar", gente que sonha ser igual e que vive à margem sonhando e cheirando, até que acabe por pagar em vez de chegar a vez de "gamar" o seu nalgum esquema menor.

Eu às vezes pergunto como é que o CHEGA cresce, acho que é pelo que foi explicado atrás e o gosto sádico dos lúcidos em rebentar com isto de vez, "premiar" uma população inconsciente e ignorante, farinha do mesmo saco, a que zela por tudo o que seja ditadura e silenciamento com o seu próprio silêncio e apatia, para se sentir bem nos esquemas, pequenos e grandes, com os rabos de palha cobertos.

Estamos num momento da institucionalização da Ditadura total, a dos empresários e banqueiros que a põe a fazer tudo para eles de borla com o self-service e que por terem feito o trabalho são culpados de todos os erros para reclamar em inquéritos que só recebem o modelo ideal para os prevaricadores nunca terem responsabilidade. Vivermos na ditadura das políticas das redes sociais e da Inteligência Artificial, dos maus vencimentos que não emancipam, dos nossos políticos sejam eles governantes ou oposição que usam a democracia para terem a sua vida superior a qualquer eleitor mas não para lutar por eles, que vivem em fanatismo e claques de olhos vidrados nesse objectivo.

As pessoas foram educadas e formadas para a ditadura total, peões a obedecer sem mais remédio, pouco conhecimento para caírem no erro da Ditadura, todas valentes com respostas tortas, insolentes e atrevidas até ao seu confinamento total à Ditadura total. São felizes nesta cegueira, nesta ignorância.

Continuemos a perseguir a verdade inconveniente.