Neptuno, deus romano do mar, das fontes e das correntes de água. |
... mais importante do que da segurança das populações.
O caminho das Ginjas localiza-se no Domínio Hídrico Fluvial da Ribeira Seca, Serras do Caramujo, Curral dos Burros, Fajã d´ama e Fajã dos Rodrigues. A pavimentação do Caminho das Ginjas causará mudanças nos padrões hidrológicos e degradação dos aquíferos e ecossistemas aquáticos. (indiretamente conduz à perda de biodiversidade).
A inexistência de quaisquer cálculos ou observações, relacionadas com a gestão de caudais entre as valas de drenagem, do eventualmente impermeabilizado Caminho das Ginjas, é evidência da falta de rigor e impreparação técnica do estudo.
O caudal de ponta do novo traçado impermeabilizado não é considerado? É necessária essa ponderação. A estrada do sítio das Ginjas tem um sistema de drenagem estabelecido que não é considerado pelo estudo. E este não regista qualquer preocupação com a adaptação aos novos volumes de escoamento.
O nível de preocupação com a segurança de pessoas e bens é nulo, sendo esta uma zona muito populosa e zona de instalação de vários equipamentos industriais e públicos. O Serviço de Proteção Civil do Concelho deve emitir parecer e apresentar publicamente uma ponderação de riscos.
Os coeficientes de impermeabilização do “betão betuminoso drenante e do outro pavimento, “pavimento rígido do tipo paralelos de basalto” são elevadíssimos e não garantem os valores habituais da permeabilidade natural do solo. A sua contraindicação é obvia.
Tal representa fenómenos indesejáveis de erosão e de potencial perigo de alagamento torrencial para a população residente no sítio das Ginjas e de outras instaladas em cotas inferiores.
Do estudo de impacto ambiental e noutros dados e fontes consultadas, não existe nenhuma referência a deflagrações de incêndios florestais naquela áreas de floresta Laurissilva.
Nenhum! Nenhum incêndio florestal.
O estudo reformulado continua a não apresentar nem uma ocorrência nem qualquer valor estatístico que fundamente e consubstancie a necessidade de redes de de combates a incêndios. Não existem episódios de deflagração de incêndios ao longo do Caminho das Ginjas.
A única referencia conhecida é a de um fogo florestal numa zona, Terra Chã, de Floresta Laurissilva em 2012. Zona essa acidentada e sem acesso viável. Registe-se que esse fogo se autoextinguiu horas depois. A justificação do combate a incêndios é insignificante e sem qualquer valor e verdade factual, muito menos de ciência.
A Floresta Laurissilva representa uma cobertura extensa, complexa e muito densa de coberto florestal composto por material vegetal autóctone. Possuí características de floresta húmida subtropical, onde o seu material vegetal autóctone apresenta uma percentagem de inflamabilidade muito reduzida.
Quando ocorrem incêndios perto destas manchas de Laurissilva, ao chegarem às mesmas, o material vegetal arde com muita lentidão e a sua propagação é reduzia ou nula. A humidade existente nestas manchas de vegetação densa é tanta que não existem meios de propagação do fogo.
No Extrato da Planta de Condicionantes – Incêndios Florestais, do novo PDM de São Vicente, não existe nenhuma área identificada de Povoamento Florestal percorrida por Incêndios. Logo, a construção de uma Rede de Combate a Incêndios Florestais adjacente ao projeto como sendo uma medida de extrema importância, deixa de ter fundamento.
A Floresta Laurissilva, pelas suas características intrínsecas, nunca poderá ser considerada como zona de grande índice de inflamabilidade. Daí que a necessidade de uma rede de combate a incêndios florestais não faz qualquer sentido!
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 08 de Dezembro de 2021
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