Na Madeira, até os arguidos vão a eleições. E ainda ganham.


P arece piada, mas é verdade. Patrícia Dantas, que está a ser investigada por desviar dinheiro da União Europeia (sim, aquele dinheiro que era para ajudar o povo), vai fazer parte da equipa candidata à Câmara do Funchal. E adivinhem de que partido? Pois claro, do PSD.

Agora digam lá: como é que alguém que está a ser investigado por corrupção entra numa lista de candidatos? E mais estranho ainda… como é que o PSD continua a ganhar sempre? Será que o povo anda a dormir? Ou será que isto está tudo aldrabado? Porque já é sempre a mesma história: há buscas da polícia, escândalos, pessoas acusadas… e no fim, o PSD ganha com maioria. Dá para acreditar? A sério?

Começa a parecer que os votos na Madeira são contados com os olhos fechados e a caneta na mão certa. Queres saber como se aldraba uma eleição? É fácil: fazem obras à pressas em ano de eleições, só para enganar. Prometem empregos “à experiência” que acabam no dia a seguir à votação. Metem medo às pessoas que vivem de favores políticos. E claro, escondem a verdade, controlam os jornais e fazem parecer que está tudo bem. Mas não está.

Está tudo a cair de podre. Porque quando alguém acusado de roubar dinheiro público é bem-vindo numa lista para governar uma cidade… então já não estamos a falar de democracia. Estamos a falar de um esquema montado para manter os mesmos no poleiro.

O povo não é burro. O povo está é farto de votar e ver tudo na mesma. E talvez o problema não esteja só em quem se candidata, mas em quem conta os votos. Está na hora de acordar.

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