O último artigo de opinião de Rubina Leal no JM (link) está a causar um rebuliço. Primeiro, convém referir que a Socióloga Rubina Leal, assina o referido artigo como Vice-Presidente da Assembleia Regional, por isso devia manter uma posição equidistante das questões partidárias, evitando por exemplo criticar o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, numa guerra que não devia ser a sua com o cargo que ocupa. Se a promiscuidade partidária é já comum em alguns titulares de cargos públicos, aos titulares de cargos de instituições, como a Assembleia Regional da Madeira, é exigido alguma discricionariedade nas opiniões.
Mas se o ataque a Paulo Cafôfo já era esperado, ficamos estupefactos pelo facto de Rubina Leal considerar que os números estatísticos são deficitários pelo facto de existirem contribuintes que não entregam IRS. Não Declaram ou não pagam? E isso o que significa? Que os números reais ainda são muitos piores dos que foram publicados?
A militante do PSD-Madeira Rubina Leal, não satisfeita com a trapalhada estatística que escreveu, não parou por aí, e deita por terra 40 anos de hegemonia do PSD-Madeira insinuando que durante 40 anos os dados Estatísticos produzidos na Região Autónoma da Madeira foram martelados a favor dos governos de então. Isto é grave? Muito!
E, como quem não se sente não é filho de boa gente, João Jardim não deixou passar em branco a afronta e o descrédito do seu Partido e, na sua página do Facebook, não se coibiu de apelidar Rubina Leal de “Suma Sacerdotisa do culto Renovação” (link), que “escreveu tontaria, baralhando o já explicado” e até insinua que a ordem veio de cima com “(...) a maçonaria deu ordens para se voltar a uma nova tentativa de destruição interna do PSD/Madeira?”, ou terá Jardim reagido assim por ter ficado chateado com a fraca prestação do seu delfim Pedro Calado na Festa do Chão da Lagoa?
Para os que ficaram confusos com esta reação de João Jardim, quando o PSD-Madeira já parecia estar calmo e controlado, refira-se que a animosidade entre João Jardim e Rubina Leal não é de agora e para os que não têm memória curta, Rubina Leal foi até apelidada por Jardim de Mata-Hari, por existirem suspeitas de que partilhava informações confidenciais das reuniões da Comissão Política com Miguel Albuquerque.
Para terminar, deixo à interpretação do leitor a derradeira frase de Mata-Hari (Margaretha Gertruida Zelle) no Tribunal de Paris que a condenou à morte em 1917 por espionagem:
Uma rameira? Sim, mas uma traidora? Jamais!
Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta-feira, 10 de Agosto de 2022
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.