![]() |
* (o nome fica-te tão bem) |
O uve-se e não se acredita. O pasmo deixa-nos boquiabertos perante tanta alarvidade de alguém que teve de ter um mínimo de inteligência para tirar um curso e, posteriormente, uma especialidade médica dedicada às crianças e aos adolescentes (será que copiou, impunemente e com êxito, durante todo o seu percurso académico? cada vez me inclino mais para esta hipótese). Debita, em poucos minutos, na RTP-Madeira, uma quantidade incomensurável de imbecilidades. Eu sei que o lugar que ocupa lhe caiu do céu aos trambolhões, mas acho que se perdeu um pediatra sofrível para desabrochar um mau aspirante a político(?) rasca. Só visto, porque contado ninguém acredita. Mas eu vou tentar...
Antes de dar a palavra ao Pé de Atra*, a RTP-M foi ouvir alguns cidadãos “anónimos”. A conclusão que tiraram foi:
Funchalenses queixam-se de aumento do número de sem-abrigo, falta de limpeza e do custo de vida...
Seguidamente, o totó “pé de atra*” enunciou uma série de lugares comuns sobre o problema da insegurança, replicando tudo aquilo que as duas anteriores estruturas camarárias (Mudança e Confiança) já tinham constatado e para o qual procuravam soluções, até aparecer um iluminado às quatro rodas a prometer que resolvia tudo em duas semanas, e que venceu as eleições com os votos dos papalvos do costume...
Ele era o número dos sem-abrigo (aumentou), ele era a (in)segurança nas ruas (piorou), ele era a limpeza da cidade (está um nojo), ele era o trânsito (a culpa era da ciclovia, lembram-se? - está um caos, e ainda estamos na altura das férias), … e a dívida, pá?
Se fosse fácil de resolver, até eu, daqui da minha furna com vista privilegiada para a marina do Lugar de Baixo, era presidente de qualquer Câmara do país... mas como não fui a eleições, nunca prometi nada que não pudesse concretizar (leia-se: nunca fui MENTIROSO!!!)
Depois é que o “pé de atra*” deu com os burrinhos na água (frapper les ânes dans l'eau, como dizem os nossos amigos “francius”). Segundo ele, a culpa da insegurança é do sistema judicial, que não “facilita”, isto é, que não interna todos aqueles que não dançam consoante a música da quadrilha laranja e azul. Se já não bastasse o forrobodó que para aí vai com o compadrio, o amiguismo, a corrupção e as vigarices em geral, agora acham que a solução dos problemas é... “interná-los”! Se não forem visíveis, é porque não existem? O Salazar pensava o mesmo...
Até dou de barato, concordando, que um toxicodependente seja um doente (a etimologia e a semântica da palavra “doente” até o podem permitir), mas há toxicodependentes e toxicodependentes. Medicamentos, de vária ordem, tabaco, álcool, drogas leves, drogas duras, sexo, violência... tudo isto cria toxicodependências...
Não me digam que o “pé de atra*” estava a classificar altas figuras da “governança” regional como toxicodependentes?
O pior veio a seguir. Exaltar o (não) trabalho desta vereação, inapta e incompetente, que já lá esteve (a maior parte) antes da Mudança e da Confiança e que, o melhor que fez, foi deixar uma dívida de mais de €100 milhões, foi de bradar aos céus (para quem é crente). Lançar o anátema sobre putativos subsídio-dependentes para os culpar de todas as misérias da cidade, quando a quadrilha laranja e azul mais não fez, ao longo destes 40 e muitos anos, do que criar um exército de lambe botas que só almeja o frango congelado e o chequezinho para comprar guano, é o cúmulo da hipocrisia.
Alguns milhares no sistema político regional e não só, “pé de atra” incluído, absorvem uma gorda fatia do orçamento insular (segundo os últimos dados, o salário médio da administração pública regional é de mais de €1 800), e a culpa de todos os males é dos “subsídio-dependentes”? Ainda mais se enterra quando alega que há trabalho para todos, em todas as áreas, para os madeirenses e todos os que neste arquipélago tentam sobreviver. Melhor farias em estares Calado, opss, Calado não, porra! Só podes ter ingerido substâncias psicotrópicas, ó “pé de atra*”...
Realmente, há mentes que podem parir à-vontade, cá na Madeira...
Quanto ao espetáculo degradante (já esperado, uma vez que foi relegado para as instalações da CMF, em vez de ser na praça do Município, como democraticamente se fez nos últimos anos – pretendiam esconder o quê?), encenado às escondidas da população, pouco mais há a dizer.
Não bastava o "imbecilóide" que faz o papel de Presidente da Câmara do Funchal culpar o Estado (leia-se, o continente) de não dotar a polícia “da Madeira” dos meios necessários para acabar com a insegurança na cidade (na campanha eleitoral levou-o ao lugar onde está, prometeu que ia resolver tudo e mais um par de botas, afinal...), ainda tivemos de aturar o outro, despenteado mental, também "imbecilóide", a tropeçar nas palavras e a prometer mais do mesmo, ou seja COISA NENHUMA! Quanto ao palerma que gosta de brincar com o telemóvel, nem vale a pena comentar; não deve conhecer o significado de metade das palavras do discurso que lhe escreveram.
Pobres 514 anos te “festejaram”, Funchal...
*Atra: é o feminino de atro. O mesmo que: funesta, aziaga, infausta, medonha, tenebrosa, tétrica. Significado de atro. Negro, lúgubre.
Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 22 de Agosto de 2022
Todos os elementos enviados pelo autor. Imagem CM.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.