Stop: nos jornais da região, nem boa informação, nem isenta info.

 

N o dia 6 de Agosto, como a imagem ao centro mostra, o dn-M rectifica uma noticia. Não são 7, mas 17 (DEZASSETE ) milhões de euros que os produtores de rum e licor MADEIRENSES vão poupar. Diz a notícia, que depois de “intensivos” esforços da Sec. Reg. das Finanças (SRF), “nomeadamente” da Dir. Reg. Assuntos Europeus (DRAE), vá lá, com a “colaboração” da Sec. Reg. da Agricultura(SRA), veja-se isto a BARBARIDADE da informação, “UM REGIME PORTUGUÊS de 17 milhões de euros, para apoiar a produção de rum e licor tradicional madeirense” ( negrito meu e itálicos meus).

Depois, na sequência da notícia, o dn-M informa que este apoio vai fazer-se de forma “QUE O AUXILIO DO ESTADO se vai traduzir na forma de uma taxa reduzida do IMPOSTO ESPECIAL DE CONSUMO de rum e licor produzidos na região a fim de compensar CUSTOS OPERACIONAIS ADICIONAIS suportados pelos produtores regionais”. (negritos e itálico meus ).

Numa penada, o dn-M mostra que não lê o que escreve e\ou publica e saber se transmite bem ou não, se se torna numa agência de fake -news….  Uma pena.

Todos nós sabemos que na RAM, coisas estranhas e inexplicáveis acontecem. E que são oficialmente propagandeadas. Já não existe (eles ) pachorra para as esconderem, tal a impunidade que existe aqui. 

Sobre este assunto, vamos começar:

  • O dn-M diz que os produtores vão poupar num imposto sobre o consumo!!! Ora os impostos sobre o consumo refletem-se no consumidor final, não no produtor.
  • Fala em “esforços intensivos” da SRF e DRAE mas depois fala “auxilio do estado” e estado é coisa que a Madeira não é (pelo menos quando pedem dinheiro ao estado, tipo 2ªs, 3ªs, 4ªs, 5ªs, 6ªs e sábados porque o domingo não conta é para descanso)
  • Sabemos, ainda do tempo da troika, os impostos especiais sobre bebidas licorosas são um facto. Whiskies, brandys, champagnes, licores, rum´s, licores, …. Quando são vendidas, são taxadas a mais no tal imposto que o dn-M fala. Mas quem aplica esta taxa, não é a Madeira é o estado português. E ao que saiba, apenas o imposto sobre trapalhadas e patetices é feito na região.
  • Nenhum produtor madeirense vai “poupar” com redução de impostos ao consumidor. Mas vai ganhar com isso. Porque, o rum e licor madeirense tornam-se mais baratos, portanto vendendo mais porque mais baratos, o produtor vai produzir mais e mantendo as suas margens, produzindo mais, ganha mais. Não poupa, vende mais.
  • O estado português, na Madeira, vai cobrar menos e como estes impostos cobrados na região revertem para a Madeira, está o dn-M implicitamente a dizer que a EU e o estado português concederam mais 17 milhões de euros à região por perdas fiscais? Se é assim o dn-M …. enfim….   (seria a primeira vez que via dinheiro ser entregue a uma entidade e depois dizer-se que foram outros a “poupar”).
  • Ou será que aqui à gato e afinal a noticia está errada, o dn-M “como autêntico papagaio e ausência de espirito critico” esconde algo tipo: os produtores vão receber “encapotadamente” 17 milhões de euros para baixar preços de produção, mas o imposto (para a região ) e preço do produto final vão continuar na mesma ?”

Em resumo, recebe a RAM 17 milhões de euros por perda fiscal ou os produtores recebem 17 milhões de euros e mantêm o preço final? Ou os produtores aumentam o seu preço e a região mantém a receita fiscal e quem perde é o estado português e o consumidor final ( continuam a pagar o mesmo e o estado português perde receita fiscal ? )

Figura 1- A noticia, a inverdade e à medida.

Numa região a sério, obviamente se existir um regime fiscal que permita temporariamente reduzir o preço final de um produto, levando a que consumidor (compra mais barato, pode comprar mais) e produtor (vende mais barato, pode produzir mais, logo ganhar mais ) seria uma boa medida.

Mas é óbvio que isto cheira a negócio tipo “gesbas”, ou mesmo CINM, em que se dá a “uns”, mas os “uns” não fazem a sua obrigação: melhores preços para produtores (no caso da GESBA os agricultores e produtores de bananas), mais empregos para a RAM (no caso do CINM a maioria das empresas não criam empregos em troca de taxas e impostos fiscais mais baixos).

Outro resumo: no caso da GESBA e CINM, o dinheiro não vai para quem precisa (produtores e consumidores), mas fica para quem usa uma região ( e os seus governantes parece que gostam e se recebem prebendas sobre tal é algo que se devia apurar ) para fins egoístas e de fuga ao fisco (mas indícios existem e são bastantes ).

Mas o problema é que a NOTÍCIA ESTÁ ERRADA. Quem escreveu aquilo nem “sabe da missa a metade”. E o dn-M coitado, fez pela vida e como acontece sempre, transcreve o que lhes foi pedido para fazer. Afinal, prerrogativas de patrão.

Chamou-me a atenção “a retificação”. Não são 7, mas dezassete (17). Nós somos os maiores. Somos superiores, …

E fiz o que o dn-M e jornalista não fizeram. Olhar “aquilo”, tentar perceber “aquilo”, a “bota não dava com a perdigota”… e informar-me. 

E aí “caiu-me o queixo”, as “barbas caíram-me”, os “tintins” ….. igualmente.

Depois, ri-me. Ri-me, ri-me e ainda estou a rir-me.

Então é assim. 

Não existe aumento de apoio. NADA. ZERO. NICLES BATATOIDES. O que existe é uma diminuição no apoio. Até este ano, havia uma redução de imposto, 50% para venda no continente e 75% na venda local. Agora, manter-se-á o desconto nas vendas para o continente, mas nas vendas locais foi reduzido para 62%. Ou seja, como o “apoio” foi reduzido, o preço do rum e licores madeirenses, na Madeira aumentará. Ou então o produtor vai vender menos e para manter os seus ganhos será obrigado a vender para o continente. Aumento de preço que estimo em cerca de 1€ por litro, por garrafa (na Madeira).

Figura 2 - Na RAM as notícias de rabo de fora

Os empresários, sem os ditos cujos, nada disseram. Os jornalistas, transcrevem a eito, sem jeito. A oposição, anda de férias. E assim “doucement”, sem “vaselina”, transforma-se uma redução de apoio, numa poupança para os produtores. Isto só visto na Madeira. Nem contado….

Mas que é uma notícia para o regime, do regime, com o regime e pelo regime, ai isso é. 

NOS JORNAIS DA REGIÃO, NEM BOA INFORMAÇÃO, NEM ISENTA INFORMAÇÃO

Luís Matos

Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 8 de Agosto de 2022
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