N ão sei que jornalismo temos mas o resultado prático é devastador para a Madeira, estão na mão daqueles que afunilam a Madeira sobre os seus interesses e não se importam com ninguém. É só propaganda. Às vezes parece que todos menos os madeirenses contam nesta terra. Havia muita coisa para dizer sobre este tema, quero me focar num episódio deste fim de semana. Como sempre vivemos de política, hotel, construção e imobiliárias. Com as calças na mão, mas qual ensinamento dos políticos, se estás mal faz-te forte.
Estamos num tempo de subida das taxas de juro em geral, para todos, para construtores e para o crédito a habitação em particular, muitos madeirenses que pagam casa estão assustados com a projeção de que a prestação da casa ou apartamento vai para o dobro. É incomportável para a inflação que temos nas mais diversas áreas, com repercussões avassaladoras para a economia familiar e o poder de compra. Os construtores podem ter o Governo regional como garantia de assistencialismo financeiro, porque todos comem do mesmo gamelão, mas não se esqueçam daquela cadeia de supermercados protegidos na região pela política que se financiava com os fornecedores. Hoje não existe, está aí o LIDL à porta ...
Como sempre que surge algo nefasto para o negócio dos oligarcas, aparece os "pinta bonito", a realidade deve ser contrariada para que tudo funcione igual, na ignorância e a favor deles. No fim são como os negócios das pirâmides e da banca, salvam-se aguardando o momento para desaparecerem e os outros pagam as favas.
Estão em todas e o tal assistencialismo pode comprovar-se na maneira como aqueles que constroem luxo terão a sua versão pobre (ou se calhar me engano e são para ricos de novo), agarrados ao Plano de Recuperação, Resiliência e digo eu Financeiro, para construir apartamentos a custos controlados (com a inflação proibitiva como está parece anedota). O Governo, da maneira sectária como gere tudo, já imagino o assalto por vários necessitados com cunha ou destinados a necessidades eleitorais.
Paralelamente a isto, continua o assédio aos mais diversos apartamentos em zonas ditas nobres, com as imobiliárias a enfiar papelinhos "no nosso interesse ... interessante" se queremos vender a casa. Este modelo tem que se manter até dar o berro. A tal bolha que se colapsa. Com certeza com mais aviões da Venezuela vamos transferir "tranquilidade" de lá para a nossa terra, vão comprar muita tranquilidade. Não se vão esquecendo das deixas e das bocas.
Qualquer dia, para além do madeirense emigrar para ter melhor vencimento, vai emigrar para ter casa, saúde e segurança. O nosso Governo traiu os madeirenses, até já quer governar e doar fora com tantos pobres aqui que não lhes interessa para nada.
Muitas vezes a construção não pode parar porque o novo empreendimento cobre o anterior, é reflexo de uma gestão deficitária a jogar para o futuro, cada nova obra cobre as "imparidades" do passado e o negócio não pode parar, nem com bolha nem com juros altos, só virão endinheirados da Europa, Venezuela, os russos, etc.
Termino dizendo que a construção e imobiliárias acopladas, estão à mercê de taxas de juro elevadas se o governo não ajudar, que o comprador comum não vai aceder ao crédito agora que até estimam duplicar as taxas de juro, que a Guerra a tomar outros contornos fará o investidor se retrair, que uma cidade de drogados, crime, sem-abrigo, excesso de ruído, estaleiros por todos os cantos, não é aprazível. Que a massificação está a ver e duplicam a informação. Se os nómadas até são nómadas, assim que haja perda do apoio para ficarem nos lugares da "construção", é outra área que se perde. Neste caso não há fartura que dê em fome. Em suma, o regime e o lóbi que vende sucesso está na mira de um desastre. A bolha já experimentada em tanto lado. Até porque pusemos de novo o PRR ao seu serviço.
Acho piada que esta área tão pujante, gigante com pés de barro, até deseja investidores estrangeiros numa terra que odeia este tipo investimento, se puderem mamam tudo sozinhos. O que querem é financiadores! Nos próximos tempos tenha cuidado com os valores dados à cabeça por um apartamento que ainda não existe.
As candidaturas à habitação do PRR só arrancam daqui a um ano, imaginem, há eleições. Aposto que ao arrancar já estará cheio de pedidos, tudo honesto e limpo. O dinheiro público está nas mãos dos oligarcas e ao serviço da política. Isto é uma bolha que levará tudo ao fundo porque já se confunde governo e autarquia com empresas do regime.
Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 3 de Outubro de 2022
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