I ndignação, frustração e receio é o que eu e outros pais sentimos nesta altura. Nós pagamos mensalidades de acordo com os rendimentos de cada família e no meu caso, não é nada pouco. Temos direito a uma educação como deve ser. O que está a acontecer no infantário da nossa ilha (Porto Santo) revela a falta de humanidade dos dirigentes da ilha e da Região Autónoma da Madeira.
Não me venham atirar areia para os olhos, dizendo que a culpa da falta de condições do infantário deve-se a esta ou aquela entidade em particular. Toda a gente sabe que quando querem, e lhes interessa, a Câmara Municipal, a Sociedade de Desenvolvimento, a Junta de Freguesia e o representante do Governo Regional na ilha são unha com carne e trabalham em uníssono, como se fossem uma só, ou não fossem todas do mesmo partido. Quando não interessa, atiram as responsabilidades para cima dos outros e normalmente a culpa morre solteira ou rebenta do lado do elo mais fraco.
A degradação das instalações não são tema novo e já se fazem sentir há bastante tempo. Há queixas no livro amarelo de pais indignados porque sofreram quedas devido ao pavimento ou devido a outras situações anómalas. Foi preciso nos juntarmos há dias para demostrar que os nossos filhos precisavam de mais reforços humanos, porque o pessoal que lá trabalhava era insuficiente. Mas é preciso MAIS, muito MAIS.
A chuva que caiu no Porto Santo na sexta-feira deixou muitas salas inundadas e as crianças tiveram que ir embora para casa. Isso já é público. Mas o problema não fica por aí. A água infiltrou-se nos tectos e caiu em todo o lado, através das luzes, junto às tomadas e fichas elétricas. Quem nos garante que amanhã, as salas estarão aptas a receber as nossas crianças? Quem nos garante que não haverá algum curto-circuito quando os nossos filhos estiverem lá? Quem nos garante que algum tecto não desaba em cima das cabeças dos nossos anjinhos? Quando há algumas décadas ainda havia gás no infantário e houve aquele acidente fatal, quem assumiu a responsabilidade? Já está tudo esquecido?
A união faz a força. Vamos nos unir e chamar algum canal televisivo para divulgar o que se passa nesta ilha? Que vamos fazer? Cruzar os braços enquanto os nossos filhos correm risco de vida?
Há verbas para tanta coisa. Há recursos humanos disponíveis e ninguém resolve? Primeiro é preciso acontecer uma desgraça, não é?
Se não estão preocupados, então não façam nada.
PS: as fotografias não são minhas. Foram tiradas do face e por isso são públicas.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
Adere ao grupo Opina Madeira no Whatsapp: link
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.