Nuno Morna e Élvio Sousa


Boa tarde. Escrevo para gente inteligente. Não mais.

P ara quem anda atento ao que se passa na última conquista no jornalismo de regime, sabe que há um ou outro elemento que não consta da folha de salários que, por tal, possui liberdade de movimentos para a ousadia. Contudo, qual tempo da velha senhora, deve ter engenho comunicacional quando este povo foi feito de curto alcance, para "fast food" noticioso e comer gelados com a testa. Se o elegante e sugestivo com a intenção de provocar raciocínio por vezes não atinge o target, fica claro que diplomacia não é por isso a melhor arma, é simplesmente a possível. É de valor o engenho de comunicar em plano inclinado. Ainda assim, a velha guarda, anterior à hecatombe, é uma posição de herança de bons tempos, senão lá não estariam, por troca de tanto dependente sem categoria. A comunicação com mais ou menos diplomacia será definida na aflição das contendas, mas também a permanência, ou não. O risco é grande porque, mesmo comprando e só de coligação, o nervosismo não perdoa, como se vê nas ameaças internas.

A ousadia traz dissabores e um jogo de cintura monumental, mesmo naqueles mais fortezitos, para encaixar a crítica como lança em África. Usar a capacidade crítica num espaço livre para exercer a função é uma façanha. No recinto da liberdade deve ser notada e expressa porque, quase toda gente a ver sem um reconhecimento visível, desmoraliza.

Porém, não são únicos e também com diplomacia se deve dizer que todos os convidados escrevem para aquecer mas, alguns, na sua verdadeira profissão, marcam passo, são perseguidos e até liminarmente descartados apesar de terem por formação e capacidade para assumir outras funções. São escravos de medíocres e ecléticos de monopolistas. Portanto, é preciso dizer que há quem "pague" para escrever com a sua profissão. Os monopolista têm laivos de ecléticos sem mais remédio e por sofrimento de alguns. Esses tendem a baixar a chama na boca do fogão para não queimar, mas a chama permanece.

A tolerância, vinda de trás, é um grande entalanço. Se alguém dos que contam desaparece, os momentos de respeito que cada um traz desaparecem e há lugar à crítica ao pasquim publicitário. Todos sabem, mas é difícil resistir à tentação de limpar, enfiar letra morta é muito mais fácil

O madeirense é rato e traiçoeiro, falha por medo e é de trato difícil para fazer equipa, porque vende-se e é egoísta, por isso o regime tem sucesso. Se a Madeira fosse Ucrânia já éramos todos, por situacionismo e colaboracionismo, russos. A tal máfia no bom sentido, na região e com os madeirenses que pouco importam.

Os situacionistas que facilmente se adaptam à maior força vigente, em cavalo de 4 patas e respetivas ferraduras, para uma no cravo e outra na dita cuja, eventual ou supostamente algum diretor, escriba, mordomo ou caixa de ressonância, todos responsáveis pelo editorial, em primeira hora ajoujam. Outros, em grande trapézio mas sem mais remédio, percebem com quantos paus se faz uma canoa, quando ninguém pode tê-la porque o negócio é só de um e mais nenhum. Começam a entender a fraqueza da perna curta no chico espertismo, posto de parte depois de usado. Ó tempo volta atrás.

Este texto é um elogio implícito aos textos de Nuno Morna e Élvio Sousa, o resto fica na perfeita incógnita. Porque, um artigo de opinião ou coluna não é notícia (narração factual) onde se procura a isenção e objetividade. É essencial e função do autor de artigos ou colunista a dissuasão ou convencimento de assuntos através da sua análise. Uma opinião, em artigo ou coluna, deve prever o uso de exemplos, provas, a relação de causa, efeito e consequência, contra-argumentar, etc, para sustentar os seus argumentos. Não é para qualquer um. Como tem sido no decurso da propaganda política.

O grande problema é quando um Artigo de Opinião informa mais do que a notícia, algo de errado vai no jornalismo.

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 4 de Outubro de 2022
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