Tontos de Ouro


H á dias realizou-se em Lisboa a cerimónia de atribuição dos prémios da cultura, desporto, moda, media e audiovisuais em Portugal, os Globos de Ouro. Na Madeira podiam fazer a mesma coisa já que esta é uma Região que gosta de galas e galadas, aproveitavam o dia 30 de dezembro e juntavam o útil ao agradável.

Aquela malta que, só para ser diferente celebra a passagem de ano um dia antes, juntavam-se e faziam a gala dos TONTOS DE OURO em que se iriam premiar os tontos das mais variadas áreas regionais desde a politica até aos sem abrigo.

Para mestre de cerimónia poderiam convidar Filipe Rebelo, que além de poder perfeitamente ser nomeado para todas as categorias, seria o ex-libris da noite com aquele dom da oratória invejável e sempre dava a chancela de evento inclusivo.

Podiam convidar o Sr. Bispo, sempre seria uma tontice abençoada seguindo uma tradição bem madeirense de ter o clero sempre por perto. A cerimonia deveria ser aberta ao publico na praça do povo com os chapéus de palha da festa flor e roupa de gala e os nomeados chegavam nos carros clássicos. 

O alinhamento de categorias podia começar pelos tontos de ouro da politica, com a José Manuel Rodrigues, Sara Madruga, Nuno Morna, Bruno Melim e Gonçalo Pimenta. Ganhava com muitos votos de diferença a Sara Madruga. Era o primeiro tonto de ouro da noite, a deputada ia ser acompanhada ao palco por um carreiro em tronco nu e no discurso de vencedora ia colocar aquela cara de carpideira e ler o texto de alguém como se fosse dela. Ficava a menção honrosa para Sara Madalena, aquela que um dia era para ser, mas nunca foi.

Os tontos de ouro da moda, tínhamos aqui uma categoria de peso, Elma Aveiro, Fátima Lopes, Francis Cardoso e a esposa. Sem surpresas penso que ganharia muito facilmente Elma Aveiro, que seria transportada para palco por uma junta de bois e o discurso ia ter 5 palavrões por cada 8 palavras.

Na categoria do tonto de ouro no desporto, teríamos os habituais, Rui Alves, Rui Fontes, Rui Abreu (anda na politica por desporto e consegue fintar tudo e todos), Miguel Nunes (que bateu com o carro em plena campanha eleitoral) e claro está aquela que seria a grande vencedora da noite, Margarida Camacho, que foi tonta ao ponto de ter sido testa de ferro e depois acusada de roubar quando afinal não roubou. Ia ser levada ao palco por Miguel Caires que já está a aprender a ser tonto e quem sabe ainda ganha o prémio no próximo ano.

Na categoria de tonto de ouro nas artes, espetáculos e multimédia, ia ser renhido entre o Miro Freitas, a Katia Aveiro, Ruben Aguiar, Nuno Jardim, João Pedro Mendonça e Carlos Pereira. O vencedor seria Carlos Pereira que fez desaparecer, usando apenas uma caneta, uma bancada inteira de cantaria em dois dias, um truque de magia que até hoje ninguém conseguiu igualar.

No fim teríamos o prémio tonto de ouro carreira, há mais de 40 anos a se fazer de tonto, era para Joe Berardo que seria devidamente acompanhado pela família ao palco para receber o prémio das mãos do anterior vencedor Emanuel Câmara, que é por aclamação o tonto de ouro por excelência, na politica, no desporto e na multimédia ultrapassa inclusive o Filipe Rebelo por razões obvias.

O grande final seria, entre nomeados e vencedores, todos juntos em palco para cantar uma versão melódica de “A minha terra é o Caniçal” acompanhada da OCM com a Dra. Madruga a lascar no bandolim, o senhor Bispo a fazer um solo acapela, no fim e antes de apagar as luzes, um “stage dive” do Nuno Morna vestido de smurf.

O termo tonto é usado no texto de forma metafórica, ou seja, no bom sentido.

Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 10 de Outubro de 2022
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