A habitação a custos controlados na Madeira é uma fraude à vista de todos. Governo Regional e promotores privados anunciam preços de construção exorbitantes e refastelam-se com o dinheiro da bazuca europeia. No total, são 136 milhões de euros para gastar até 2026.
Sem dúvida, a inflação afeta todo o país e os custos de construção estão elevados. Porém, a guerra na Ucrânia não justifica tudo. Há casos evidentes de oportunismo e muitos pedidos de revisão dos preços das obras públicas têm sido rejeitados.
O caso da Madeira suscita muitas interrogações. A oferta pública lançada pela IHM não regulou os preços com suficiente rigor e clareza, em especial a sua atualização. Estas dúvidas adensam-se ainda mais, se pensarmos que os promotores escolhidos são as empresas que dominam as obras públicas na região: os grupos Afa, Socicorreia e Tecnovia.
Perante todas estas dúvidas, a imprensa e a oposição continuam caladas. Por exemplo, seria importante questionar o Governo Regional sobre pedidos de revisão de preços pelos empreiteiros e atualizações dos valores anunciados. Mais uma vez, parece que os interesses do imobiliário continuam intocáveis.
Por Flávio Sousa
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