Aquacultura: Albuquerque TOP 5 de mentiras


A propaganda da aquacultura anda frenética. Agora que decorre a consulta pública ao aumento de jaulas na Ribeira Brava (www.participa.pt), o governo regional divulga os chavões, frases feitas e falsidades do costume. Eis apenas cinco das mentiras mais repetidas na imprensa regional e a sua respetiva correção:

MENTIRA #1: A dourada de aquacultura é maravilhosa.
VERDADE: A dourada não é uma espécie nativa da Madeira e a sua introdução acarreta riscos para o ambiente e biodiversidade; o peixe é alimentado com rações sintéticas e o produto final é de péssima qualidade.

MENTIRA #2: A aquacultura é boa para a economia.
VERDADE: Os lucros da aquacultura são fabulosos, mas a população não vê um cêntimo desse dinheiro. Ganham apenas os dois grandes grupos empresariais (Jerónimo Martins, Ilha Peixe).

MENTIRA #3: A aquacultura é uma tendência de crescimento mundial.
VERDADE: A aquacultura cresce em países do terceiro mundo (China, Indonésia, Índia, Tailândia, Bangladesh e Filipinas são os maiores produtores), na Europa estagnou há mais de trinta anos. Nas Canárias, a polémica está ao rubro e a atividade regride em todas as ilhas (exceto Grã Canaria); em Lanzarote, as autoridades exigem a retirada das jaulas de dourada e robalo, após vinte anos de destruição ambiental.

MENTIRA #4: A aquacultura da Madeira é de ponta.
VERDADE: A atividade na Madeira prejudica gravemente o ambiente, as economias locais e, em especial, o turismo.

MENTIRA #5: A única alternativa à pesca é a aquacultura.
VERDADE: A aquacultura não satisfaz a procura crescente e não é sustentável. A verdadeira alternativa é o cultivo celular de peixe, que não tem riscos ambientais e é já uma realidade em vários países.

Flávio Sousa

  • Consulta pública online sobre o aumento de jaulas na Ribeira Brava (até 28.12.2022): Link
  • Cultivo celular de peixe: Link
  • A destruição dos fundos marinhos pela aquacultura, em Lanzarote: Link
  • A contestação à aquacultura em Canárias: Link

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 27 de Novembro de 2022
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