Quem paga, manda.
S e eu fosse Chefe de Redação dos jornais que temos hoje em dia, eliminava 90% dos comentadores que têm, a larga maioria lambem o regime ou apresentam-se ao tacho. Há gente lúcida nas redes sociais que lhes dão baile, o que é ridículo, ignoram o mérito para aplaudir a mediocridade. Só não digo "eliminar" jornalistas sem credibilidade porque isso é utopia. Eu não acredito que alguém compre jornais para ler de vez em quando um autor de Artigo de Opinião que mereça, para já estão gratuitos no online, e como as notícias é o que se sabe, está feita a "credibilidade".
Os Artigos de Opinião são para emitir pensamentos sobre a nossa vivência e o nosso futuro COLETIVO, devem estar a cargo de pessoas com clarividência para pensar livremente, juntar peças, especular a partir de factos, ter leituras sobre tudo o que se passa dissimulado. Para a função de jornalista ou comentador é elementar ter liberdade e autonomia para pensar e, para ter credibilidade, não pode estar em causa própria, senão é um mero escaparate de promoção para os seus objetivos pessoais.
Num passado recente, digamos anos, entre a entrada de Miguel Albuquerque a Presidente do GR até à atualidade, houve um ténue equilíbrio, digamos que começamos num tempo já no fim da decadência do único jornal livre. A profunda crise financeira para se manter, consequência de anos de resistência às provocações e sabotagens de Alberto João, deu a Albuquerque, o "democrata", a possibilidade do xeque-mate. Ninguém se rendia a Jardim mas ao Albuquerque, em estado de graça, era impensável ser mais autocrata do que Jardim. Nada mais errado, a oportunidade faz o ladrão. Quem fala disto fala da educação na ALRAM, como lhes passou num instante fazer diferente, como tentaram em 2015.
O culto do medíocre precipita-se com o MEDIARAM, que foi criado em 2016 por Albuquerque e Sérgio Marques, para sustentar o JM, e criar uma paz podre. Extensivo à agonia do DN, fizeram o "versus JM" para uma anedota chamada "pluralismo" mas, deixando de fora Tribuna e imprensa digital. Todos comem do mesmo gamelão: a distribuir 300 mil/cada, fora publicidade institucional que se assume como cadernos e promoção dos elementos do Governo, com protagonismo cativo, nem que seja por expedientes tolos tornados notícia. Daí aquelas medalhas e protagonismos nos matutinos. O que eu sei é que quem paga manda e encheram-se de mediocridade. O problema é que com as notícias inquinadas poderiam dar alguma liberdade aos comentadores, mas nem isso.
Se os jornalistas estão amarrados curtos pelo vencimento, se só escolhem comentadores homologados quando os outros, como crónicas, enchem chouriços com situações inúteis (o Rei deles é Gil Rosa), entre outros, se depois vêm páginas e páginas de desporto e anúncios, como pode o madeirense ler mais jornais? O dinheiro público condena à inviabilidade por falta de qualidade, aumenta a dependência e o servilismos. Não tem volta a dar.
Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 27 de Novembro de 2022
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