T êm tentado manter o maior secretismo, mas um grupo restrito de figuras de topo do PS regional tem vindo a fazer reuniões desde o verão, com o objetivo de gerir os lugares no parlamento regional e garantir a estabilidade do partido num momento de popularidade difícil. Não deixam transpirar nada para fora, mas estes segredos de polichinelo são de prazo limitado. Os indicadores internos já eram péssimos, mas a sondagem do Jornal económico disparou os alarmes. O PS de Cafôfo, Iglésias e Sérgio "Lobo Marinho" Gonçalves arriscava-se a descer para os 10 deputados. Logo perceberam que era o enterro da opulência de 2019, quando foi possível imitar o PSD, metendo um deputado por concelho. Era preciso identificar quem iria sair, no lote dos elegíveis, mas principalmente quem tem mesmo de ficar. Passaram a reunir com frequência Avelino Conceição, Vítor Freitas, Célia Pessegueiro, Sérgio Gonçalves, Cafofo e Iglésias, estes dois a maior parte das vezes à distância, de modo a defender a sua sobrevivência política e a estabilidade no partido até as eleições.
A sondagem do Diário de Domingo trouxe alguma melhoria, como assinalou o lobo marinho de forma um tanto ridícula, porque 13 deputados equivale a uma redução de um terço do atual grupo parlamentar, um corte na subvenção ao partido, redução de assessores. No grupo alargado que sustenta a liderança de Cafôfo estão todos a olhar uns para os outros a ver quem vai sair de deputado ou assessor, e quem vai ficar.
A lista de ilegíveis tem no presente este formato:
- Sérgio Gonçalves
- Paulo Cafofo
- Mafalda Gonçalves
- Victor Freitas
- Gonçalo Aguiar
- Elisa Seixas
- Duarte Caldeira
- Rui Caetano
- Tânia Freitas
- Avelino Conceição
- Pedro Calaça
- Madalena Nunes
- Miguel Silva Gouveia
Nesta lista nota-se que Cafôfo continua a garantir o seu lugar, caso as viagens como secretário de estado corram mal, e mostrando que quem manda é ele. Victor está sempre presente, numa aliança que convém ao casal Freitas/Célia, que se mantêm no círculo da decisão socialista, e convém a Cafofo para tê-los controlados.
Duarte Caldeira regressa a casa, depois do exilio itinerante na secretaria das comunidades, Tânia Freitas mantém-se por imposição do primo, Victor. Avelino assegura o lugar e os votos de Água de Pena, deixando de fora Alberto Olim e Ricardo Franco que, em final de mandato, quer assegurar a sua continuidade política. Machico vai ferver! Do grupo da Câmara do Funchal entram Madalena Nunes e Miguel Silva Gouveia, com a lei da paridade a atirar o ex-presidente para o 13º lugar, no limite da elegibilidade. Cafôfo e Iglésias cozem o ex-amigo em lume brando, no que não deixa de ser uma humilhação para quem liderava a maior autarquia da Madeira. Se Silva Gouveia aceitar irá desiludir ainda mais quem mantinha alguma crença nele.
Não há presença da família Câmara, quase transferida para o PPD, nem de Bruno Ferreira, o desempregado político mais próximo do grupo.
Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 10 de Novembro de 2022
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