Q uem ainda assina o Diário de Notícias (penso que vai diminuindo quando o suposto melhor veículo publicitário da região coloca publicidade da RTP-M), tem visto que para além das notícias-propaganda e dos fretes de jornalistas, existe um desfile de comentadores claramente conotados aos grupos económicos, filhos de pais lobistas e dependentes do erário público, tachistas, empresários e políticos do sistema, pretendentes a tacho, comentadores-assessores, jornalistas reciclados, toda a espécie de "máfia no bom sentido". Onde é que o DN quer chegar? A idoneidade já findou, a papel de WC ou para embrulhar espadas para a Venezuela assim que retomem os voos? O DN só tem comentadores manhosos, dentes de leite, pueris, vendidos... existem poucos vindos do passado, que ainda não tiveram coragem de desaparecer com eles que vão ficando, mas já em autocensura para não ofender ...
Também vejo bons jornalistas a ceder, avaliando com pragmatismo ao que a casa quer e premeia. O meu último reparo vai para a área da Saúde. Havia bom jornalista, penso que não perdeu o jeito mas significa que o gordo publicitário, do desastroso Serviço Regional de Saúde, já domesticou.
O tempo em que Alberto João Jardim usava o Governo Regional para matar o Diário de Notícias pelas receitas, foi o tempo da melhor publicidade que o DN-M poderia obter e, por idoneidade ou por receio político, captava um largo espectro de leitores. Com isso vendia publicidade na privada. Jardim agora ignora o DN e persegue a JPP ou, por via do DN-M do seu pupilo Calado, persegue o Miguel Silva Gouveia. Como diriam os Gato Fedorento ... ganda bolta.
Por esta altura percebe-se que o principal veículo de comunicação da Região, como seria de esperar com a intervenção política dos Donos Disto Tudo, pode pagar vencimentos a tempo e horas ou por ventura meter mais assalariados, mas perdeu o seu PODER. Se calhar, um Diário de 8 páginas e uma pequena equipa nas mãos do Blandy, só com verdadeiras notícias e opiniões idóneas.
O Diário de Notícias, hoje em dia, gera dinheiro com lavagens, de todo tipo, sobretudo aos "inimigos" dos regime. Isto é especialmente perigoso para jornalistas honestos e comentadores idóneos, devem avaliar a situação, porque agora o processo é inverso, alguns convidados à escrita é que trazem alguma idoneidade ao DN. Cada um deve avaliar quando é que o matutino lhes queima a imagem ou se são eles que levam idoneidade, sem nunca esquecer que já há autocensura e linchamentos àqueles que são inconvenientes, como a deputada do PS. Quem criou este problema foi um jornalista do PSD da casa. E se os comentadores fizessem o mesmo? Se não tivessem solidariedade com o matutino como o jornalista fez com a comentadora? Ainda tiveram sorte com a falta de coragem, e se os idóneos abandonassem do matutino observado esse exemplo? O precedente abriu e penso que mais perto das eleições vai aparecer mais casos.
"Juntos todos os dias" parece o PSD nos "Congressos de União", é vê-los a brigar entre a fação Calado e a fação Albuquerque, na qual o DN-M já tomou natural partido ao promover cegamente Pedro Calado. E, se o DN-M agora faz publicidade na RTP-M, mostra-se ferido na credibilidade, uma mãozinha do DDT com ascendência que é puro veneno, só possível num povo com fraca capacidade de interpretação. É sinal de onde está o novo "promotor maior" da Região. Portanto, nesta guerra onde a Comunicação Social já perdeu tudo, o equilíbrio está em Albuquerque se agarrar à RTP-M e começar a limpar como anda a limpar o GR ... porque yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay. Só faltava o Calado também com a televisão pública, se já se vomita, a diarreia deve andar próxima.
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