Jeitinhos de Empresa



Alguns "vendem-se" e depois passam
a perseguir os que não se vendem.
Deve ser uma forma de confortar a
consciência.

A cuso os jornais de serem sectários, de salientarem as notícias que interessam a meia dúzia e de se sentirem obrigados a inventar notícias para cumprir uma agenda em favor do Governo, penso que um compromisso por aquele tal Mediaram. Os jornalistas começam a encarnar os interesses dos seus patrões e não na notícia, já se sentem parte integrante da máfia no bom sentido, tal como a Igreja. 

Nunca serão noticiadas as porcarias dos magnatas da imprensa e outros por bom relacionamento entre pares. A comunicação social começou por salientar o que queria mas neste momento, copiam e passam para notícia as meias verdades e mentiras das assessorias. Agora o jornalista é o "publireportagem", sugere negócios e posturas, cria mentalizações no povo ao ritmo do "Fátima, Futebol e Fado (circo)" do velho regime, ostentando sucesso ao sabor do PRR mas ignorando o terceiro mundo que se vive em muitos serviços básicos do GR, depauperados com tanto rapar o tacho para obras.

A Saúde na Madeira é péssima. Nesta Autonomia, até o Plano de Recuperação e Resiliência faz pobres. Por outro lado, todos os dependentes, da mesma maneira que são chamados a fazer número e sucesso, agora têm uma parte a divulgar a narrativa que aguenta este "país independente da África cleptocrata". Quase sempre, os que são razão da existência de tantos pobres na Madeira querem parecer santos a todo custo. Isso não se compra, nem com o bispo ao pé.

Nos jornais, está à vista de todos, salienta-se a virtude das obras, das imobiliárias, da unidade hoteleira, dos mecenas ladrões desta região que "dão o chouriço para ficar com o porco". O que me faz escrever é ter visto um diretor de jornal a lambuzar seu patrão (link) que está longe de ser um senhor Nabeiro da Delta, pelo contrário, é um dos que produzem pobres na ilha. Temos que lhe pagar todos os subsídios, ajudas de investimento, encaminhar apoios, vê-lo fugir do IVA e demais impostos, a trocar funcionários antigos por precários para depois vermos os privilegiados a serem leais à força do dinheiro. Vi um privilegiado a gabar sem conhecer a outra realidade dos funcionários, da escravidão e maus tratos nos portos. O empresário tem jornais para dizer bem dele e parece que toldou e encegueirou a cabeça daqueles que deveriam ter o compromisso da informação isenta. O empresário que faz pobres com o sobrecusto medonho no custo de vida, "livre de impostos", nunca vai conseguir popularidade, a impopularidade só se extingue no caixão, é da sua natureza. Até a família conheceu.

Já todos tínhamos visto e percebido muita coisa, mas quando observamos em direto a transformação total de um ser que é jornalista num "fretista", percebe-se que o barco das notícias levantou âncora para rumar a outros mares. Um momento simbólico que para mim fechou para sempre a condescendência e resiliência de acreditar. As pessoas estão convictas do que fazem, sem pudor.

Um "director" de notícias, se me permitem comentar, cometeu um erro na sua vida com influência na imagem profissional, talvez motivado pela falta de oportunidades e necessidade de manter o rendimento familiar. Esse erro, não diretamente imputável porque as decisões são consequência, retirou-lhe contudo credibilidade e apoio nas redes sociais. Situação onde claramente gozava de popularidade noutros tempos. Talvez tenha sido metido num buraco quando um senhor inglês que a cleptocracia acusava vendeu o seu jornal ao poder (político e económico). Do "director" de notícias podemos aceitar a falta de coragem de arriscar pela idade (presumo), a inevitabilidade da conjuntura regional, talvez não queira sair da Região (presumo).

Quando o cerco apertou, vindo de uma era completamente diferente de independência com o "diário inglês", tinha opções para adiar um pouco a situação, a ver se arranjava solução para a encrenca, o subsídio de desemprego creio que dura dois anos e não estou a insinuar nada, só a omitir porque as pessoas entendem bem. Estou a fazer um levantamento de factos. Estou a tentar ser correto porque as suas decisões, mesmo não sendo proprietário do jornal mas tendo autonomia, por lei, para bem informar, têm influência no ambiente da região e na sua imagem. Parece que se rendeu. Acredito que olhe para a sua redação e veja tudo minado, nós leitores vemos claramente porque há peças assinadas que são filmes de horror e pura sabujice. Agora, uma coisa é o quadro legal e outra a realidade. Entendo como se perde a autonomia com o poder e a necessidade do emprego mas há caminhos e caminhos. Pensando bem, o anonimato é a ausência de identidade e a omissão uma posição de não tomar partido. Será?! Na falta de melhor conjuntura ...

Eu imagino o que o PSD não pressiona dentro do "diário inglês", agora que tem os piores oligarcas da região como proprietários, depois de dezenas de anos onde o órgão de informação foi mais oposição do que a nossa oposição, informando e fazendo notícias, comparando e tirando ilações, indo buscar o segredo das coisas, alguma investigação e marcação cerrada. Todos nós percebemos o caminho que leva o "diário inglês" na atualidade, igual ao outro mas Vip. Supostamente mais credível, o problema é que já queimaram tudo. O "diário inglês" está desacreditado e o problema é que os jornalistas ficam catalogados e, com tantos "lambuzadores" nos artigos de opinião, nesta área os bons também se vão queimando enquanto a maioria faz a imagem. Lamentavelmente já é frequente ver críticas a jornalistas por fretes, muitos mais do que os abjetos que sempre existiram.

Eu não gosto de ver, até me acostumar e perder a esperança, o diretor do "diário inglês" a fazer o antigo papel do novo assessor do GR na RTP-M (link). Omita, não faça questão de participar, assim entrega-se cada vez mais ao poder sem se valorizar fora dele. Como se sabe, o poder trucida, usa e deita fora. A melhor forma de ser respeitado é manter o poder das massas que dinheiro algum compra, é olhar para a situação do Ronaldo. Considero o programa Dossier de Empresa um assador de jornalistas, sabemos ao que vai e participa quem acede aos objetivos. Todos os fingidores levam a extremismos.

A verdadeira caridade é praticada em segredo. O melhor tipo de caridade é aquele em que quem a faz ignora quem a recebe, e quem a recebe ignora quem a faz. Consciência judaica.

Um recado ao CM, o vosso trabalho é excelente mas tem um calcanhar de Aquiles, vocês ajudam a caracterizar a realidade mas depois a consequência deveria ser gerar mudanças, portanto, quem deveria lucrar com a plataforma deveria ser a oposição mas não vemos por onde. Na mesma situação estão os jornalistas apanhados pelo monstro, assim como é preciso ajudar a oposição é preciso ajudar os jornalistas. Tudo para recuperar a democracia que não temos!

*

Nota do CM: caro autor temos postado várias vezes que todos os jornalistas podem escrever o que não sai nos órgãos de comunicação social através do CM, em completo anonimato (link). Se sair no CM é mais fácil quebrar as "movimentações" nos órgãos oficiais. Quem fala assim de jornalistas também diz o mesmo de muita oposição. O CM está aberto a todos mas lembramos que o nosso primeiro e único compromisso é com a Opinião Pública que não tinha voz livre!

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 9 de Dezembro de 2022
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