A data é sobejamente conhecida, falta muito pouco para 50 anos de democracia e de partidocracia, temperada com uma tecnocracia doentia onde desde sempre grupos disputaram o controlo absoluto do poder. A democracia sofreu variadíssimos ataques, desde o seu nascimento por golpe de estado, enfrentou inclusive contragolpes revolucionários e tentativas de implementação de outros regimes ditatoriais de esquerda apoiados pela URSS.
Venceu a democracia, em Portugal.
A jovem democracia foi um joguete nas mãos dos interesses internacionais que, em nome da liberdade e na entrega da rendição da lusofonia, queriam substituir Portugal no ultramar e assim explorar recursos e povos que, ainda hoje, agonizam nas mãos dos agiotas internacionais. As suas dívidas públicas são impostas por novos esclavagistas, que dispensam os ferros e o chicote.
A democracia vencerá nestes países irmãos, se Portugal souber honrar os compromissos com o passado.
Hoje, do Minho a Timor, a lusofonia ainda vive, e muitos se admiram como em Angola, Moçambique, Macau, Goa, Timor, Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe, de como Portugal é recordado por uma bandeira, num bar, num clube português, por uma língua falada por muitos no planeta. A lusofonia foi resultado de uma colonização de séculos, baseada na amizade e na fidelidade entre gentes e povos. Houve mesmo no 25 de Abril quem tentasse destruir estas relações seculares, promovendo o ódio e a violência, onde muitos civis morreram por sua causa, alguns exilados e armados em futuros donos da democracia, do país e de Portugal. Envergonharam e humilharam o nome da nação, o retorno dos Portugueses nascidos durante séculos voltaram a Portugal, os retornados, num acontecimento que nunca deveria ter acontecido.
Na verdade, com todos os problemas que, desde 1974 até 2023, Portugal viveu e enfrentou, não temos dúvidas que sendo a democracia uma forma de governo, difícil de se manter fiel aos seus princípios, ela é ainda a única forma de governo que permite o povo escolher os seus líderes.
Em Portugal, assim, como nas suas autonomias, “já não é o povo quem mais ordena”. Eleições fortemente manipuladas, onde os partidos do poder tudo fazem para dominar o consciente coletivo. Aproveitamentos tentam subtrair benesses da condição de que “as massas são ignorantes” e de que, uma mentira em jeito de conspiração, badalada por uma corrupta e vendida informação, se transforma numa verdade.
A democracia na Região Autónoma da Madeira está infetada e, de forma descara, o controlo da informação e dos mass media é às claras e de forma descarada. Uma democracia, sempre manipulada, assobia para o outro lado dos monopólios que dizem não existir, a par das benesses e subvenções que dizem não concordar existir, mas para as quais se agacham em favor de maiorias que subverteram os princípios da democracia parlamentar.
Então urge fazer renascer pela única arma da democracia, o voto popular, a verdadeira democracia, agora camuflada e fortemente ameaçada por partidos políticos que a mesma permite existir, mas que a querem subjugar e destruir, em perigosas aventuras.
O povo agora “já não é quem mais ordena”. A democracia está doente e o 25 de Abril precisa de renascer das cinzas.
O voto, depositado na urna não está morto, é a escolha de um cidadão, que escolha sempre defender a democracia, sem isso o 25 de Abril não serviu para nada, muito menos para libertar o povo.
Será que verdadeiramente hoje, o povo se sente mais livre?
Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda feira, 24 de Abril de 2023
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