A era da mediocridade

 

Ressabiados, invejosos, má linguas e fake-news sempre na ponta da língua. Resolve tudo.

A educação pouco exigente que se está a ministrar no mundo ocidental cultiva uma série de "burros", presunçosos e atrevidos, que falam com propriedade, mas sem bases ou fundamentos. Importa passar a todo custo sem esforço, para contentamento das massas viciadas e com pais já da era do lúdico. A arrogância é tal que a culpa é sempre dos outros para filhos perfeitos. Não são capazes de ler nada útil, tudo é autodidata mas sem contar com as experiências passadas, acabam por seguir gente que não presta ou teorias da conspiração. A capacidade de interpretação e aplicação do conhecimento a novas realidades é nula.

Esta grande quantidade na sociedade, está a condicionar tudo, desde as eleições, a qualidade da TV, do Jornalismo, dos serviços, as estratégias de comunicação, etc, que temos. Todas tentam satisfazer esta gente por razões comerciais de sobrevivência. Quando se diz que a TV ou Jornais não prestam cuidado, são espelho de muito, dão o que é popular para faturar. Uma simples pergunta, qual a popularidade da RTP2? Porque escrevo para as pessoas que entendem o que digo mais não me prolongo. É mais uma faceta da mediocridade que prospera.

Paralelamente, o mundo está desafiante lá fora, com fortes clivagens que tornam a capacidade de interpretação e decisão mais exigentes, tanto governos podem falhar como um povo maioritariamente mal formado pode não perceber onde se mete. O povo vai atrás de intrujões que, depois de ganharem posição, vão lhes infernizar a vida. É um pouco na regra do professor exigente não ser popular mas prepara para a vida. Quando é tudo muito belo, suspeite. O diabo em campanha é igual naquela anedota.

Os países ricos resolvem a situação abrindo portas a bons quadros por dinheiro, nos países menos competitivos a situação agrava-se. Depois da massificação do nosso turismo estamos a expulsar os bons profissionais da hotelaria, mas havemos de receber medalhas de ouro. A Madeira não foge à regra e, perante a necessidade de aguentar um poder, estupidifica e embrutece as pessoas, a massa crítica e o conhecimento não se sente bem ambientada, destratada até, sem reconhecimento do seu valor e vai embora. Fazer certo e dizer a verdade na Madeira implica ganhar inimigos e é assim que, apesar de estarmos sempre em bicos de pés, com medalhas, prémios, heroísmos e superlativos, a qualidade geral da sociedade está a decair a olhos vistos. O Funchal é novo espelho. Vemos pela falta de respeito pelos outros, pela vontade sádica de ferir e ganhar de forma desonesta, os valores perderam-se, a injustiça da divisão da riqueza e na distribuição das oportunidades pelos boys and girls e yesmen são facto, é assim o "sucesso".

A Madeira ultraperiférica de 250 mil habitantes não atrai desenvolvimento, consome só fundos que nos são disponibilizados. Em matéria do social a situação é grave e mente-se com todos os dentes, mas ninguém quer reconhecer ou trabalhar nela. A pobreza cresce cada vez com menos apoios tal como não se combateu a droga e os adictos na capital. A Madeira está a empobrecer no geral e a fazer alguns muito ricos, a larga maioria não faz vida porque o dinheiro não chega, mas como também impera a mediocridade, as pessoas não sabem exigir mais do Governo e contentam-se com migalhas, sempre com dívida de favor.

Não vamos longe com esta sociedade esculpida com 47 anos de autocracia, viveremos no lúdico até que o dinheiro acabe, seremos tão incompetentes e isolados que nem sequer nos valeremos a nós próprios, porque perdemos décadas anestesiados num modelo errado. Tudo luz mas não há nada por dentro.

Isto para se resolver passa por outra educação, mas já temos tantos drogados do lúdico que desconheço a terapêutica.

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 16 de Abril de 2023
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