O património da região (de todos) e as “conceções”

 

S ou guia de montanha e, no dia 20 de Fevereiro, fiz uma caminhada com turistas, Caldeirão Verde e acabei na Freguesia da Ilha (Santana), como a descida mais usada estava fechada devido a derrocada fiz uma alternativa, um agradecimento especial ao presidente da Junta de Freguesia da Ilha (João Luís) que ele próprio limpou e até colocou indicações fig. 1. Sabendo que os poucos estabelecimentos ali existentes sobrevivem, essencialmente, do consumo feito pelos turistas de caminhadas.

Ao passar pelo posto florestal do vale da lapa, fiz umas fotos e coloquei nas redes sociais, fui contactado por um jornalista que me perguntou se podia usar as fotos, pedido ao qual eu acedi e trocamos umas impressões.

Ao ler o artigo, não me pareceu ter sido alvo de atos de vandalismo, mas sim desativado/abandonado como o jornalista afirma, “a tutela da Secretaria Regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas começou por esclarecer que aquela infraestrutura “não foi construída para ser um posto florestal, até porque a arquitetura é diferente de todos os postos existentes na Madeira e Porto Santo”, a minha primeira pergunta é: então foi construída para quê? (curiosidade).

A minha preocupação, revolta, tristeza, é ter patrimónios Regionais “dada” a conceção a privados, ATENÇÂO nada contra  quem foi dada a conceção. Em minha opinião, porquê dar a privados e ganhar uma pequena renda, quando o próprio Governo Regional devia gerir os espaços através do IFCN, Instituto das Florestas, e com o lucro contratar mais Vigilantes da Natureza, Policias Florestais, comprar materiais, fazer limpezas e plantações. Parece-me falta de pro-atividade, e nem me falem em leis e burocracias, tudo em prol de um melhor cuidado e vigilância das nossas serras.

Existe alguma contrapartida para quem ganha a conceção destes espaços? limpeza e cuidado dos espaços envolventes?

Quem se lembra das “casas do Governo” (nossas), em que uma pessoa fazia o pedido e podíamos ficar nas mesmas sem pagar.

Dou um exemplo na casa do Rabaçal e da Achada do Teixeira dada a conceção a um privado, sabem quanto custa uma noite? (150€) e um café? O madeirense consegue pagar? Sim, estas casas têm custos de manutenção, mas se há 20 anos havia manutenção porque se deixou ao “abandono”? 

O GR deve gerir estas casas com preços acessíveis a madeirenses porque “nós” e nossos antepassados ajudamos a pagar estas casas através dos nossos impostos, também temos direito a usufruir destes espaços.

Apenas um cidadão pagador de impostos, crítico construtivo e preocupado com o as privatizações de património que é de todos nós.










Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta feira, 5 de Abril de 2023
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