E mbora a RFM seja a rádio que geralmente tenha sintonizada, resolvi picar as estações no autorrádio enquanto a minha filha e a minha esposa decidiram aumentar os níveis de glicemia com um gelado da Fernão Ornelas. Apesar da qualidade do som da TSF ser dos anos 60, a par da extinta Emissora do Cambado, deparei-me com o inicio do programa semanal do Leonel Freitas, que acontece ao sábado e que aborda os temas relevantes da semana que finda. Inteligentemente dissecados pelos comentadores Miguel de Sousa, António Trindade e Ricardo Vieira e pensei que isto vai ser quente, não tivesse as conclusões do flop da Comissão de Inquérito às "obras inventadas" sido apresentadas no inicio da semana e não estivesse ali o homem que, junto com Sérgio Marques, detonou a bomba.
Face ao momento que se perspetivava carregado de emoção, aumentei o volume e falei lá com os meus botões:
Este vai ser o grande momento na comunicação social do Leonel Freitas e um impactante momento da TSF, em simultâneo com a Rádio Praia e com uma grande chamada de capa, amanhã do DN Madeira!
Eis que o profissional idóneo e corajoso moderador apresenta os 3 temas:
- A inoperacionalidade do aeroporto
- Os fundos da UE recebidos pela Madeira
- A pressão Demográfica do Funchal
Confesso que fiquei agradavelmente surpreendido pela acutilância, preponderância e o fino critério de atualidade e amplitude dos temas.
Apesar de ser um sábado de esplendorosos raios de sol, deu-se um fenómeno insólito e ainda não explicado pelo "Instituto do Prior", pelo menos que eu tenha ouvido, uma forte pluviosidade abateu-se sobre o quarteirão da Travessa da MALTA. Com arte de ilusionista, mas sem qualquer engenho, verificou-se um grande momento de contorcionismo, passando por entre os pingos da chuva e fazendo jus a expressão «e o burro sou eu», não fosse apanhado numa «hora de burro» e saneado como o Élvio Sousa, e por arrasto na enxurrada, levar ao silenciamento de toda aquela MALTA.
No entanto o momento de substancial interesse informativo chega com Miguel de Sousa a chamar o Albuquerque de «…anormal…», por este querer aumentar em 5 nós os limites permitidos para aterrar. Por este episódio, já dei o meu tempo por bem empregue e reconheci no homem, com aquela idade, uma lúcida e clarividente massa crítica, que lhe é muito peculiar.
Não te preocupes Albuquerque é só «…uma opinião…». Ou há mais alguém a pensar assim?
Confesso que só gostaria de saber o número de leitores do CM e do DN-M.
Quanto ao CM deixa a nu que, pela escrita, a construção do pensamento e atuação da sociedade está a mudar e que este património, que leva muito tempo a adquirir, que são os leitores e os que escrevem, tem de ser cuidado e em momento algum pode ser abalado por força de qualquer interesse maior e consequente desvio. A análise e o escrutínio individual são permanentes e incontroláveis. Hoje os cidadãos estão mais atentos que nunca.
Termino com um fervoroso momento de ovação ao estimado empresário Luís Miguel de Sousa e creio que o faço por muita gente:
Força e não te deixes influenciar, porque a tua comunicação social e os teus jornalistas estão cada vez mais respeitados.
Estamos contigo.
Ao Correio da Madeira:
Não sei se conseguem o registo sonoro do programa o sucedido acontece decorridos cerca de 10 minutos do inicio do mesmo, por volta das 12:16 do último sábado.
Obrigado.
(Observação do CM, se deseja ouvir momento em que desenvolve o pensamento clique aqui (do minuto 11:20 ao 13:38), se pretende ver o programa integral e ser o leitor a enquadrar o assunto, veja o vídeo que se segue)
Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta-feira, 17 de Maio de 2023
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