N um curto espaço de tempo vi demasiadas coisas a sugerir o mesmo. Há tempos uma deputada auto excluía-se de escrever a sua opinião num jornal por causa da perseguição movida por um jornalista para anular o que dizia. Mais tarde, um artigo de opinião de um deputado da república, que escrevia nesse mesmo jornal, passava pelo crivo do fact-check. Tempos depois, sempre no mesmo jornal, um deputado regional foi posto a andar por ser inconveniente em matérias de portos, viagens e jornalismo.
Mas também, sempre no mesmo jornal, há quem escreva artigos de opinião e faça queixa de artigos de opinião, ou seja, está na moda valer tudo para estabelecer uma opinião dominante. Quanto mais podre mais zela pela honra. Não bastando tudo isto, agora o jornal cobra os artigos de opinião, a saída airosa era também pagar para lermos alguns dos seus comentadores porque cada artigo de opinião é uma aberração partidária. Parecem a CMSC e erro dos estacionamentos pagos no Caniço de Baixo, agora marcha atrás custa muito.
O artigo de opinião requer liberdade para uma análise sem segundas intenções políticas ou objetivos pessoais, só seres livres e que respeitam a liberdade é que devem escrever sobre tudo e todos. Os artigos de opinião não devem estar à guarda de coros, matilhas, interesses corporativistas, monopólios e governo. Os artigos de opinião não devem ter o mesmo problema do parlamentarismo na Madeira sob uma maioria absoluta que desvirtua tudo.
Meus senhores, tudo isto significa o quê? Um episódio tolera-se, o conjunto em pouco tempo não! Ai se a Madeira tinha o jornalismo e os artigos de opinião anglo-saxónicos. Matavam-se? O que muito se quer esconder?
Mas a opinião em entrevista não vai melhor, um deputado da república ao criticar o seu próprio partido em jornal nacional viu-se como o mentiroso, apesar de dizer verdades suaves para o que é a realidade, desmentido por uma comissão de inquérito com o propósito de o descredibilizar, a par de um jornalismo na posse dos acusados que também lhe fez a folha. Por ter opinião agora anda aí marginalizado.
Na Função Pública não andamos melhor, quem se atreve a dar uma opinião a tantos seres que entraram pela porta do cavalo e têm estatutos privilegiados? Alguns vão de férias ao emprego e perseguem pessoas para defesa da sua situação, que merece ser desmascarada. Porque vai alguém apontar erros de governação, falhas de decisão, erros de opção ou adjudicação, melhorias de funcionamento, se queixar da nota que recebe vendo os do partido com "excelentes" fixos, para depois ganhar depressão, assédio e perseguição aos seus rendimentos?
Neste bocadinho que levo só falei de pessoas destacadas e com estatuto, agora imaginem os outros! Parabéns CM.
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