A política bateu no fundo!

 

T rês horas foi o tempo que Rui Rio demorou a abrir a porta aos Inspetores da Judiciária! A operação estava coordenada com as restantes buscas para as 7H00 da manhã e só às 10H00 é que Rui Rio abriu as portas aos inspetores.

A primeira questão que se coloca é o que esteve a fazer Rui Rio durante 3 horas? A jogar papéis na sanita? A apagar mensagens do telemóvel? Do computador? Ou a tomar banho e a lavar os dentes?

A segunda questão é porque é que a Judiciária não procedeu ao arrombamento da porta? O Mandato de Buscas não o permitia? A mesma Judiciária que não se inibiu de arrombar portas no caso do Tráfego de Imigrantes deixou-se, neste caso, ficar pela boa educação.

A terceira questão que se coloca é: e se Rui Rio não abrisse a porta? Iam todos para casa felizes e contentes?

Mas se estas questões são relevantes, tanto para o suspeito como para a Justiça, então Rui Rio, se nada temesse, então abria as portas até em cuecas. O sucesso nas televisões ainda seria maior!

O que me leva a escrever sobre este caso não é Rui Rio, mas sim a classe política. Então não é que a classe política ficou chocada com a ação do Ministério Público? Se fosse um suspeito de tráfico de estupefacientes então todos os Partidos iriam louvar a atitude do Ministério Público, mas como foi um político as críticas fizeram-se ouvir num tom depreciativo para o Ministério Público.

Das duas, uma. Ou todos os políticos desconhecem a Lei, nomeadamente sobre os alegados crimes do qual Rui Rio é suspeito, ou pior, estão a ser cúmplices do mesmo tipo de crime, isto é, estão a pagar a um Assessor da Assembleia de República (com dinheiros públicos) para exercer serviços nas sedes partidárias é um crime menor. Não há crimes menores, crime é crime!

E se fosse um Inspetor da Judiciária - pago por dinheiros públicos - a trabalhar as 8 horas diárias como administrativo de um Partido político, o que lhe aconteceria? Um louvor?

Já não basta aos Srs. Deputados terem Imunidade Parlamentar agora exigem ser tratados de modo diferente do cidadão anónimo, ou seja, os mesmos deputados que legislam as Leis para que o Estado de Direito funcione exigem ser casos de exceção.

Que o diga a Conferência de Líderes da Assembleia da República que, segundo o Sr. Presidente da Assembleia da República, foram unânimes em criticar a atitude do Ministério Público.

Não tenhamos dúvidas que a política bateu no fundo! 

Srs. Deputados, Dura lex, sed lex (A Lei é dura, mas é a Lei)

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 19 de Julho de 2023
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira

Enviar um comentário

0 Comentários