B em sei que estamos no Reino do Betão mas os betoneiros e betoneiras deveria ter mais respeito pelos outros, até porque existem regras, nem que seja para não se envolverem em problemas, a menos que esteja tudo controlado. Aconteceu com um trabalhador um acidente fatal, lamento e sinceros pêsames à família. É preciso humanidade neste momento, para os nossos e para os que chegam!
Vejo sobretudo neste Funchal, mas também pelo resto da ilha, as gruas a passar com a lança e o contrapeso sobre vias com carros a passar, sobre moradias, postes de eletricidade e nem sempre cumprindo as alturas mínimas e até sobre empresas que, pela natureza da sua atividade, acarretam mais perigos. A grua é comprida para poupar dinheiro mas depois ela chega onde não deve!
Vemos gruas na estrada e vemos em terrenos privados mas a trabalhar sobre áreas públicas e privadas de outros. Vemos gruas destrancadas a passear equipamentos ou cargas de valor ao fim de semana ao sabor do vento sobre moradias e vias.
A lança e o carrete estão sempre a carregar materiais diversos com múltiplas fixações, ferro, cimento, cofragens, algumas vezes pessoas (não deviam), etc, só deveria trabalhar sobre a obra
Estamos na era do "vê se te avias" mas pode correr mal, mesmo com muita experiência. De vez em quando deveria haver refrescamento de regras e a própria empresa contratada para a segurança da obra deveria ser mais dura. Deveria haver "carta por pontos".
Um refrescamento!
As verificações antes de colocar uma grua torre em serviço:
- Verificar se todos os movimentos se efetuam em perfeitas condições;
- Verificar/estimar o peso da carga a elevar;
- Avaliar as condições do vento e a sua interação em função da forma da carga a elevar, sendo que muitas vezes é necessário estimar a força que o vento atua sobre a carga.
- Verificar se todos os dispositivos de segurança, limitadores e indicadores se encontram em perfeitas condições de funcionamento;
- Colocar os comandos na posição neutra;
- Verificar se se encontra afixado no interior da cabine e no exterior da grua o diagrama de cargas, bem como a placa identificadora da capacidade da grua.
As verificações durante a operação com a grua torre:
- Manter as cargas e o equipamento afastados das linhas elétricas de acordo com as distâncias de segurança;
- Não elevar cargas nem movimentar o gancho a menos de 2 metros do solo;
- Não elevar objetos com os cabos em posição oblíqua;
- Não puxar outros veículos com o gancho;
- Não elevar carga presa ao solo ou a qualquer outro ponto fixo;
- Não elevar cargas mal acondicionadas;
- Evitar que o gancho caia no solo, mantendo sempre os cabos em tensão;
- Não elevar uma carga com duas gruas em simultâneo;
- Evitar movimentos bruscos com qualquer elemento da grua;
- Colocar a grua fora de serviço sempre que as velocidades do vento atinjam os valores indicados como críticos;
- O operador nunca se poderá ausentar da cabine deixando carga pendurada no gancho;
- Observar sempre a carga quando esta é transportada;
- Verificar se existe mau enrolamento dos cabos nos respetivos tambores;
- Não elevar pessoas na grua.
As verificações após a operação com a grua torre:
- Subir o gancho para o topo e encaminhar o carrete de translação para junto da torre;
- Não deixar carga suspensa no gancho;
- Colocar a lança da grua como cata-vento, com o ponto rotativo destrancado e direcionado a favor do vento;
- Desligar a corrente elétrica da grua;
- Trancar os carris da grua, caso seja de base móvel.
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 12 de Julho de 2023
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