A Saúde e o SRS não são só estatísticas, nem só se trabalha para o marketing político do Sr. Pedro secretário. Quem gere o SESARAM deveria ter em atenção como determinadas chefias intermédias e alguns responsáveis de equipa, nomeadamente enfermeiros, tratam as pessoas e os profissionais que naquele turno lhe são confiados, os Assistentes Operacionais (AO).
Liderar não é só mandar, nem ordenar, é sim saber delegar e saber que outros, dentro de uma equipa, sabem e conhecem as suas funções. Aos Assistentes Operacionais e a alguns enfermeiros sugere-se que leiam o Decreto n.º 109/80 de 20 de Outubro, já que os primeiros são coordenados por enfermeiros, com algumas excepções conhecidas, devido a alterações que ainda hoje nem estão bem definidas, nem plasmadas em Decreto-lei. Por imperar a confusão e o abuso de poder sobre gente que precisa de trabalhar.
Hoje o assédio laboral e o bullying correspondem à prática de actos de violência física ou psicológica, depois de se filtrar situações que configuram apenas conflitos no trabalho. Isto a propósito da pressão que algumas chefias internas estão a sofrer, devido a programas especiais de recuperação de listas cirúrgicas, cuja implementação sem condições, nomeadamente de recursos humanos, estão a provocar em que equipas regulares, sujeitas a trabalho extra, assim como uma gestão tapa buracos. Estão a provocar um stress que é visível já fora de portas do bloco operatório, bastando estarmos atentos aos comentários, entre profissionais, que se dizem fartos. São gente e não escravos.
Seria bom que alguns profissionais, que se julgam “melhores ou até superiores” em categoria aos Assistentes Operacionais, soubessem quais são as funções destes profissionais que estão devidamente plasmadas em Decreto- Lei, e que eles não são contratados para servir profissionais, mas sim para colaborar a servir o cliente, o utente e o doente. Eles não existem para lavar o copo do “Sr. Doutor, nem do Sr. Enfermeiro”, nem para limpar a sujeira que outros profissionais fazem, quando em determinados períodos vão comer. Acima de tudo, têm de ser tratados com respeito e consideração, não são nenhum "corjedo", nem são “inassistentes”, dos quais se pode abusar e pressionar, até ao ponto de alguns perderem a sua sanidade mental.
Aos Assistentes Operacionais, são exigidas estas tarefas: ARTIGO 4.º (Funções):
2 - Aos ajudantes de enfermaria compete auxiliar os enfermeiros, executando tarefas que, sendo necessárias à sua função, não requeiram conhecimentos específicos de enfermagem e, nomeadamente:
Lendo os vários documentos sobre as tarefas dos AOs, podemos concluir que em nenhuma das suas tarefas está incluído servilismo doentio a outros profissionais, cujo “patrão é o mesmo”, o Estado, e assistir nem que seja de forma acidental a desabafos de esquina e de corredor. É algo constrangedor e todos sabemos para que lado a corda rebenta. Sobretudo quando este tipo de conflitos laborais, entre equipas de serviços, demasiado grandes, rebenta.
Um dia presenciei um médico a afirmar a uma secretaria do apoio de secretariado do piso, que elas existiam para servir os Srs Doutores, depois os enfermeiros e só depois servir os utentes, quando precisamente elas são contratadas apenas para servir pela ordem inversa, primeiro o utente.
Passadas décadas há ainda algumas mentalidades assim.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 3 de Julho de 2023
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