O histórico das esplanadas e da Polícia Municipal do Funchal


N ome eu não digo mas teria sido candidato a agente da Polícia Municipal no Funchal (PMF) se tivesse avançado. Agora metem segurança privada? O nosso juízo! Tudo para não dar o braço a torcer. O novo edil quis quanto pior... melhor, e viu crescer o caos e a criminalidade com a estupidez das suas opções.

O propósito desta minha escrita no CM deve-se ao texto que li do jornalista Dionísio (link) mas para domínio público. Os meus cumprimentos a todos, quero fazer ver umas situações. Sim, pensei mesmo que a PMF ia avançar e não estava em branco. Mas antes disso um pormenor, que também ajudou na posição vencedora do atual edil, coadjuvado pela Assembleia Municipal e empresários. Na altura lembro-me bem de alguns empresários, os abusadores do costume (justamente os que mais contribuem para os exageros no Funchal), virem fazer pressão para a praça pública dizendo que iam despedir trabalhadores na CMF (?!) e inclusive fazendo um teatro de que iam entregar as chaves dos estabelecimentos à Câmara. Passado este tempo, não só o Calado comeu pela medida grande, como muitos empresários ficaram caladinhos com o estado da cidade, e claro os maiores responsáveis pela barulheira, pancadaria, etc, estão como queriam e querem.

Reparem nisto, acho que nunca foi dito, a entrada em atividade da PMF seria um colosso de trabalho, mas percebi que a câmara da altura, com o adiar da situação da PMF, teve que se mexer porque entretanto a cidade já estava a "derrapar". Na altura do Presidente Gouveia, percebeu-se que um trabalho pedagógico estava a ser feito (bom porque a PMF já arrancava com isso feito), explicaram os motivos legais pelos quais não podiam ocupar abusivamente o espaço público marcando os espaços no chão com pinos. Aqueles que se achavam acima da lei e de braço dado com o Governo para fazer confusão (com o vice todo poderoso), aos incumpridores, foram enviadas notificações com um prazo para cumprir com a lei. Finalmente, aos abusadores, foi confiscado o material (houve episódios documentados, ver link). Começou outro drama de quem nada respeita. Recordo-me de que o PSD e CDS uniram-se a defender os prevaricadores e a condenar o que consideraram ser um ataque ao comércio do Funchal (como sempre generalizam para ganhar apoios, os maus à sombra dos bons). O Funchal atual não está em desordem por mero acaso! E sem PMF. Portanto, de certa maneira, o formato de PMF estava no terreno mas sem agentes para fazer cumprir. Penso que a estupidez de cingir a PMF às multas tinham muito mais a ver com estas prevaricações.

Os anos passam-se de forma impressionante, aconteceu o seguinte, da minha lista, levantamento meu que fui picando, por isso vos posso escrever, foram desencadeadas ações para disciplinar nas esplanadas da Zona Velha, Rua da Carreira e Zona da Estrada Monumental que estava uma vergonha. Penso que começaram pelos piores e do que vi na comunicação social foi isso, pode haver mais alguma que me falha. Estas ações acabaram servindo de exemplo para os outros, notou-se uma melhoria em toda a cidade. Recuaram para o que estava legalizado. Não quer dizer que não houvesse outros "na sua" de só recuar quando fossem abordados. Isto é tudo mais ou menos empírico do meu acompanhamento possível. Entretanto, com tudo "enc*****" mudei de vida e perdi esperanças.

Em 2020, o comércio foi fortemente atacado pela pandemia, em que por razões naturais houve uma disciplina à força das esplanadas. Um parêntesis, o governo não foi em socorro dos seus amigos prevaricadores das esplanadas, nem as linhas COVID do Barreto resolveram, mas a câmara sim ajudou (link), a tal disciplinadora. Quanto à moderação das esplanadas ficou-se pelo caminho por conta da pandemia e a Câmara teve que adiar novas ações inspetivas. Mas, saiu na altura uma notícia interessante, a câmara que metia ordem no desagrado de muitos, decidiu se adaptar, isentou taxas e permitiu um maior espaçamento das mesas por causa do distanciamento social que a pandemia obrigava (link). Isto foi um vai à frente e vem atrás, por bom senso e premeditações. O atual edil soube deste regime de exceção que vigorou até ao final de 2021, porque teve de fazer o mesmo na Vice-presidência em locais sob sua alçada.

Neste contexto houve Autárquicas, a pandemia durou mais um pouco, a PMF nunca avançou, os prevaricadores tiveram mais oportunidades por causa da Covid para abusar, chegou uma equipa camarária que não pode dizer que não aos amigos, e "prontes".

Escrevo a minha experiência, nem todos têm a mesma noção, como o Dionísio, mas tudo é aceitável, menos o Pedro Calado. Aquele que matou a PMF e que depois disse que os outros nada fizeram para disciplinar as esplanadas, foi o que mais urdiu e quis "quanto pior ... melhor", o que instigou a Assembleia Municipal, o que mentiu e criou informação tóxica, mostra agora a sua falta de carácter e o grande aldrabão que é. Pode mentir, é protegido dos média e não fazem Polígrafo nem Fact-Check. Olha-se e percebe-se que por Pedro Calado privatizava-se todo o espaço público da cidade aos Avelino, Sousas e Dários desta terra, como fez com as esplanadas gigantes dos novos bares do Grupo Café Teatro, com as obras na Travessa da Malta para o Insular Savoy, do seu dono, e com os quiosques da Porto Santo Line. Já vamos em mais uma camada na indisciplina! Para mim acabou. Tornem este lugar ruim de se viver na perspetiva dos interesses de meia dúzia, a porta de saída não tem coima. Daqui a dois meses é o único momento em que precisam de nós. Convinha não esquecer muita coisa!

Esta é a minha contribuição desde quando despertei para a PMF, sobre o que aconteceu.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 17 de Julho de 2023
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