Tenho que admitir que o marketing está a funcionar em pleno na Universidade da Madeira.
N uma altura em que o recrutamento de quadros docentes qualificados está pela rua da amargura, onde a retórica do que seria um potencial bispo, mas acabou aos trambolhões por se tornar reitor, está sempre a bater na mesma tecla: “a falta de majoração para compor um orçamento condigno com a grandeza da instituição de ensino superior”.
Só falta erguer um muro das lamentações, coisa que o responsável pelas infraestruturas poderia lançar, através de concurso de consulta prévia para a Prestação de Serviços de Gestão de Projeto em fase de pré-obra, expediente muito utilizado nos dias de hoje, para sacar milhões de euros via PRR, esta dica foi vendida por Pedro Calado, num troço de ligação de uma prova de um qualquer rally, ao administrador da UMa.
Mas voltando à vaca fria, a contratação de Alberto João Jardim para lecionar na dita instituição de ensino superior, não deixa de ser um genial golpe de marketing para angariar futuros líderes laranjinhas e contribui para prestigiar e enriquecer o quadro docente, pois trata-se de uma personalidade com grande prestígio académico, onde demorou vários anos para se licenciar em Direito na Universidade de Coimbra.
O Doutor Honoris Causa, na altura em que recebeu este título em 2018, na sua intervenção disse: “Há um suicídio simultaneamente político, económico e social e, sobretudo, de identidade quando se desiste de lutar pela autonomia política a que todos e cada um dos madeirenses têm direito, autonomia que nos é indispensável e inadiável como de pão para a boca”; - Ora bem, a UMa aprendeu bem esta lição de sapiência e quando é questionada sobre irregularidades na sua gestão, na maioria das vez pelo T.C., refugia-se neste argumento da autonomia universitária.
Alberto João Jardim disse ter, contudo, a “certeza” que a “formação e a educação que a UMa prosseguirá (…) acabará por concretizar as mudanças de mentalidade pretendidas com a sua criação”; - Ora nem mais, ou os jovens Madeirenses ficam formatados na sua mentalidade e continuará a ser praticada esta política de «come e cala que está tudo bem para inglês ver» e estamos num regime parecido com o Russo ou então irão querer estudar noutra instituição mais leve desta partidarite. E assim, esta contratação tornar-se-á num verdadeiro tiro no pé do atual e futura aspirante a reitora, porque o arrefecimento demográfico chegará à instituição, quanto menos alunos menos dinheiro haverá do orçamento de Estado e, não tardará muito, para a UMa tornar-se num politécnico.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 3 de Julho de 2023
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