A lbuquerque, é esta a tua vanguarda e pioneirismo a que sujeitas os madeirenses? Anda por aí uma alminha, torta que nem um cajado, que aguardava por uma consulta de neurocirurgia há já 4 anos e que julgava também ter desaparecido da lista de espera, isto antes do azarado (ou laxismo) ataque informático ao SESARAM.
Quando já nada fazia esperar, eis que recebeu um contacto do hospital a questionar se ainda precisava da bendita consulta. Como não tinha emigrado ainda para a eterna vida celestial e pela igreja já não fazer milagres como antigamente, ficou então marcada para um sábado. Sábado, porque do outro lado da linha referiram-lhe que eram uns médicos que vinham do continente. Meio baralhado desligou e pensou que até parece ano de eleições. E lá a alminha ficou ansiando que chegasse o dia para obter uma solução para o seu entramelanço da coluna. Logo pela manhã do tão esperado sábado, recebe novo telefonema para se apresentar ainda mais cedo que a hora marcada e pensou: “olá, levou anos, mas lá agora vai!”
Quando lá chegou, depois de ter sinalizado a sua presença à rececionista e ainda sem tempo de se ter sentado, já estava a ser chamado pelo altifalante para se dirigir ao gabinete médico. “Caramba, isto está melhor do que no privado!”
Mas se tão depressa entrou no gabinete, mais depressa saiu. Após descrito a maleita que sentia e que o afetava e incapacitava no seu dia a dia, veio a perguntinha chave do médico que o deixou sem palavras:
- Mas você não quer ser operado?
Confuso e sem perceber o sentido da pergunta e meio atordoado, lá respondeu que o médico ali era ele, e deveria ser ele a avaliar. Expectante, ainda foi questionando:
- Mas para perceber a extensão do problema não seriam necessários exames para avaliar a vantagem ou desvantagem de ser intervencionado?
Ao que o médico respondeu que pela discrição era suficiente para ele perceber o problema e lá a alminha foi sendo despachada pela porta fora com a prescrição de uma caixinha de comprimidos para as dores e com a recomendação de que se a situação piorasse, voltasse à médica de família.
Isto só pode ser brincadeira de canalha! Então está um indivíduo 4 anos a sofrer dores, à espera de uma consulta, com critérios para ser submetido a essa consulta, porque se não os tivesse a médica de família nem encaminhava para a especialidade. Para depois me aparecer pela frente uma "Romilda" vidente que nem um exame manda fazer e ainda me diz para ir para a médica de família para esperar mais 4 anos? Camada de patifes, que usam um expediente ignóbil para acabarem com as longas listas de espera, tendo só em vista as eleições. És um incompetente Pedro.
Albuquerque, é esta a vanguarda e o pioneirismo a que os madeirenses estão sujeitos. Não ganhamos como vocês para irmos para o privado. Deixem-se de bocas para o continente e resolvam os problemas dos madeirenses. Com o mal dos outros posso muito bem.
São anúncios e mais anúncios para a comunicação social, mas a bota não bate com a perdigota e os madeirenses sabem que se quiserem ver os seus problemas resolvidos têm que ir mesmo para o privado.
Nasci numa família social-democrata, a minha natureza é social-democrata, mas o meu voto vão ver por um canudo. Espero não morrer sem ver outros a governar a Madeira.
Incompetentes!
PS: só agora resolvi escrever, já que a minha situação de saúde está cada vez mais aguda. Venham outros!
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 16 de Agosto de 2023
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