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C onfesso que gosto de ler os artigos do Dr. Luís Miguel Rosa porque, a maior parte das vezes, são inócuos, redundantes e frugais, mas desta vez, o articulista excedeu as minhas expectativas mais pessimistas.
Para quem não conhece, o Sr. Dr. Luis Miguel Rosa é um ilustre advogado, militante do CDS, sócio crítico do Marítimo e político e é nesta última qualidade sobre a qual me debruçarei neste pequeno texto.
O político Luís Miguel Rosa é hábil na oral e na escrita por isso era expectável começar por mencionar o acordo do governo PSD/CDS de 2019, para depois dar ênfase ao alegado sucesso de governação, do qual fez parte. Sem perder muito tempo, alude logo à crise económica e aos aumentos dos preços que, segundo ele, foi causado pela pandemia do COVID-19. Julgo que por distração esqueceu-se de referir que a maior inflação económica de preços surge com a guerra na Ucrânia e não com a Pandemia, o que é perdoável porque errar é aceitável.
Mas se errar é o humano, culpar os outros dos insucessos não é honesto e Luis Miguel Rosa acusa o governo Socialista de ter uma máquina pesada responsável pelo maior aumento do número de dependentes do Estado. Terei lido bem? Não foi o Governo Regional - do qual fez parte - que aumentou exponencialmente a subsidiodependência onde se incluem imigrantes que nunca descontaram para a Segurança Social? E de onde veio o dinheiro? Dos cofres da Av. Zarco? Ou de Lisboa? Sem querer dar lições de matemática, a percentagem de subsídio-dependentes na Madeira é duas vezes e meia a do Continente Português! Deixo por isso o desafio ao político Luis Miguel Rosa que some os orçamentos das Casas do Povo, das Juntas de Freguesia e dos Municípios que foram encaminhados para o apoio social. Isso não é tal subsidiodependência que tanto os Partidos de Direita criticam?
Nos parágrafos seguintes do seu texto, o político Luis Miguel Rosa vem apadrinhar a continuação do acordo do Governo anterior, que considera justificadamente sufragado por uma maioria de 58.399 votos, esquecendo-se de mencionar que aquele número de votos valem apenas 22.9% da população da Região Autónoma da Madeira (onde se inclui 20 mil imigrantes venezuelanos). Que grande representatividade da vontade popular da Madeira conseguiu a Coligação “Somos Madeira”!
A verdade é que o articulista não se esqueceu de mencionar que a coligação “Somos Madeira” elegeu 23 deputados que são insuficientes para uma maioria mas esqueceu-se de referir (outro lapso de memória?) que a nova maioria foi obtida através de um acordo parlamentar com o PAN, um Partido referido como de Esquerda.
Mas o melhor é guardado para os parágrafos seguintes quando faz uma crítica feroz e contundente aos partidos de esquerda não mencionando, uma vez que seja, o PAN e a IL-Iniciativa Liberal. Pois, há que ter a IL à mão porque ninguém sabe o dia de amanhã!
Por fim, como quem não quer a coisa, afirma que o Partido Socialista perdeu 22.363 votos para a Esquerda descurando-se de referir (mais um lapso de memória?) quantos votos perdeu a Coligação PSD/CDS para o CHEGA e para a IL.
Meu caro Luis Miguel Rosa, para não me tornar extenso e enfastiante, afinal “as coisas não são como pinta…”
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 2 de Outubro de 2023
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