H á jornalistas que tendo escolhido a profissão e tendo um código deontológico, para serem mais idóneos do que outros, na primeira falta de "tapete" entregam-se aos carrascos, apesar do país ter instituições que os protegem para a notícia e para a sobrevivência. Mas também sabemos como a realidade distorce e isso deve-se a que cada seja condescendente ou não exerça as suas funções. Assim, paulatinamente o monstro cresce e toma conta.
Convertido um impulso num erro, na perspetiva de não sair do pedestal, segue-se um tempo de disfarce e de expressões como que para amedrontar e fazer calar aqueles que são bem melhores, apesar de também terem defeitos e serem pecadores.
Por altura do famigerado inquérito de "lavagem" das Obras Inventadas, tivemos oportunidade de ver como quem dizia a verdade, caido em desgraça no seio dos "amigos", foi cilindrado pelos seus ex colegas, mas ainda de como o espertalhão se pavoneou protegido por aqueles que são seus empregados da política e, ainda o mais interessante, quando se abordou a qualidade do jornalismo, por um ou outro prisma negativo, ele respondeu que a qualidade do produto do seu órgão de comunicação social era da responsabilidade dos jornalistas. Ora nada mais verdade, mas ele também sabe que, tal como na política, alguns oligarcas têm a faca, o queijo e o governo na mão, e assim, perante eles arvorados em poderosos (onde desejos são ordens), alguns querem cair em graça para não serem desgraçados e sujeitam-se a todo tipo de trapézios, piruetas e pinos para alcançar o vencimento da boa vida. Tal como todos têm noção do certo e o errado, do bom e o mau, do pecado e a virtude, também existe um acordo tácito de narrativa uníssona que vale a boa vida do grupo, do gangue, do partido, das empresas, etc. Vivemos numa sociedade tácita, tudo é tácito e aceite num código muito mais forte do que o deontológico, o da sobrevivência num regime cada vez mais exclusivo, cego, egoísta e sem valores.
Falar bem todos sabem, o problema são as atitudes. É preciso não esquecer que aquela mão que puxa pelos cordelinhos de muitos fantoches, quando o foco aponta inadvertidamente para a mão, eles desatam a culpar todos os tácitos sem qualquer problema e, para se salvarem por um bem maior, os seus negócios, fortunas e relações, não têm pejo em "matar" amigos, também tácitos.
Dizem que no meio está a virtude, quiçá pelo justo balanço que concede jogo de rins, contudo alguns pela personalidade ou dependência apostam as fichas todas no mesmo cavalo. Se um dia o patrão quiser se salvar, o passo seguinte é a saída e aí, finalmente, alguns obterão luz na mente de como eles próprios fecharam todas as portas e o patrão usou, abusou e jogou no teatro das marionetas. Os poderosos brincam muitas vezes com seus peões, eles precisam de culpados a soldo, réplica do famoso "inimigo externo". Entretanto, muitos aprenderam o jogo do poder que, sendo sujo e os outros não, arranjam folhetins do tipo campanha eleitoral (todos eles desapareceram) para trazer os outros para a lama e assim as disputas serem de igual para igual, uns sendo, outros forjados.
Só eleições podem quebrar este enguiço, mesmo sabendo que farão como estão a fazer ao Marítimo, vale a quebra do monstro que cria monstrinhos.
A Madeira tem demasiado mofo, medo, peso, autocensura, tácitos, falsos moralistas, coros, vendidos, ratos de sacristia, interessados em manter um regime que só governa para si e está a matar a Pérola do Atlântico e os seus nativos. Despertem porque o silêncio é longo, nunca acaba bem e percebemos que as coisas estão a mudar, há muito sofrimento para espoletar e se não há válvula de escape eu sim sei quem não vai fazer de novo teatro de marionetas. A melhor maneira de entender a Madeira é ler sobre as ditaduras.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 6 de Novembro de 2023
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