Quem belisca a instituição tem que "morrer".


O Bispo do Funchal, Nuno Brás, carinhosamente tratado pelas vozes críticas por Bispo Brás do Funchal ou BB do Funchal, depois de mandar rezar missas, terços e outras rezas para que os deputados da nação não aprovassem uma lei para matar velhinhos, dedica-se agora a sanear fiéis e até padres do «seu» redil. Não os mandando para a fogueira como noutros tempos de que ele tem saudades, mas desprezando-os ou empurrando-os para fora do piedoso redil.

O BB do Funchal tem umas veias que escorrem conservadorismo e tradicionalismo que enjoa. Dizem fontes próximas do seu «curral de moinas» que BB do Funchal anda meio nervoso e temoroso. Não vá o diacho tecê-las e ele se ver em maus lençóis. 

Há umas ovelhas que comem bem da pastagem, mas também escutam o estrebucho frequente do desencanto e frustrado BB do Funchal, porque ainda está em terra de indígenas da Madeira, porque no retângulo ninguém dá nada por ele e estimam que esteja quanto mais longe melhor. Estes carneiros manhosos, vuvuzelas loucas que espalham pela cidade inteira o que escutam, garantem que houve um susto.

O medo de BB surgiu por causa de uma notícia vinda do centro da cristandade, Roma. O compassivo e paciente Papa Francisco despachou sem meias palavras um bispo conservador do Texas (EUA) que andava naquelas bandas a pregar impropérios conservadores contra as medidas renovadoras de Francisco de Roma. O BB do Funchal tremeu um pouco. Mas nada que o perturbe dado que ninguém o almeja no paraíso do continente, está seguro na diocese que já a «maior do mundo», para gáudio dos masturbadores da «madeirolândia».

No meio da tragédia temos um líder incompetente. Porque há paróquias onde o povo fez um intervalo no meio das rezas, começou a pensar e reclama contra medidas e nomeações de padres completamente descabidas. Dizem as tais fontes que o BB do Funchal não acerta uma. Porque faz tudo em cima do joelho, pela sua própria cabeça sem consultar ninguém. Impõe, porque manda, resta ao rebanho comer e calar.

Não há forma de perceber que os tempos mudaram. A vida dos tempos de hoje não se compadecem com diretrizes sob a alçada do quero, posso e mando. Os seus decretos são de uma categoria confrangedora, começam sempre com esta premissa curiosa ao jeito da antiguidade, como as sentenças da inquisição, que pareciam tão generosas, mas que no entremeio mandavam pessoas para a «eutanásia» da fogueira sem qualquer possibilidade de contestação. Repare-se: «D. NUNO BRÁS DA SILVA MARTINS / Por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica / Bispo do Funchal / Aos que este nosso Decreto virem, saúde, paz e bênção. / (…) / HAVEMOS POR BEM».

No final o juiz divino avisa que se fazem duas cópias do decreto, uma para conservar no arquivo diocesano e outra para enviar às paróquias para servir de autoridade ao novo pároco e ser lido solenemente com o povo obediente e se possível de joelhos, porque veio tal distinto decreto imbuído de autoridade divina.

Neste prazer individual da mania dos decretos, BB do Funchal decretou o afastamento do Padre do Porto Santo, caprichosamente «condenado» a um ano sabático e à reflexão. 

O padre Rodrigues, o único que destoa do geral não engolindo tudo, na semana passada, denunciou que tal bondade não passa de castigo e é uma forma camuflada de saneamento (link). Porque a instituição católica tem este modus de sobrevivência que é aplicar penas capitais a quem prevarica, contesta, recusa rezar como faz a maioria do rebanho. Perdoar, reintegrar, remediar e ressarcir vítimas é só para enfeitar a pregação e para os outros, as almas perdidas que se dedicam a pensar sem nunca rezar.

Ao tempo da condenação de Giordano Bruno, o pensador condenado à fogueira pela Igreja Católica, porque defendia que o universo era ilimitado e inacabado, engrandecendo assim a obra de Deus, mas a «filha» dilecta desse mesmo Deus entendia que não. 

O cardeal Belarmino seguiu o processo onde a heresia e a blasfémia eram tão evidentes que a queima do herege foi saudada pelas almas dos bem-aventurados para quem a ignorância e a fé eram condição essencial para a salvação da alma. Acabou tendo razão e foi canonizado pelo mesmo carrasco que o condenou.

Ao jeito do cardeal Belarmino, O BB do Funchal, entende que só o sofrimento é purificador. Por isso, fazer asneira, contestar e usar a própria cabeça não tem lugar na instituição, cujo rosto mais fidedigno é o dele, encarregue de guardar o depósito da fé e dos bons costumes.

O intrépido BB do Funchal devia, como entidade máxima do religioso na Madeira, devotar-se de zelo pela salvação de todas as almas, reconhecer que os tempos mudaram, a vida é multifacetada para todos, ninguém é perfeito e que havendo erros, ninguém merece ser condenado ou votado ao abandono, por uma instituição tão cheia de palavras suaves de amor, perdão, compaixão… 

Não as praticando nos seus momentos cruciais, prova que tudo isto não passa de hipocrisia. As ações têm desmentido tais palavras que não passam de música fantasiosa para infantis devotos da pieguice popular.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira 13 de Novembro de 2023
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