Um ex-orgulhoso Madeirense - retratação


Desconsolado = Triste, desgostoso, cheio de pena. É a palavra que melhor define o meu sentimento pela Madeira. 

o texto "Um ex-orgulhoso Madeirense", https://www.correiodamadeira.com/2023/10/um-ex-orgulhoso-madeirense.html na frase: "Ir a um restaurante ou bar e ser atendido em Castelhano é algo que deixa-me profundamente desconsolado", quero acreditar que fui mal interpretado ao ser intitulado de xenófobo, egoísta, invejoso, desertor, etc. 

  • Quem já foi emigrante julgo que consegue perceber o que eu digo, o sentimento de nos sentirmos de volta à "casa", com as pequenas coisas, como por exemplo: ouvir e usar expressões que só nós (Madeirenses) entendemos e utilizamos.
  • Faço o meu "mea-culpa" pois não consegui expor o meu ponto de vista da melhor forma o que não inválida os comentários.
  • Não defendo a ideologia da extrema esquerda ou direita.
  • Não odeio, receio, hostilizo ou rejeito os estrangeiros.
  • Em momento algum pretendi ofender os imigrantes, nem visei particularmente os cidadãos Venezuelanos (não referi nenhuma nacionalidade) pois sei, que como eu foram à procura de uma vida melhor.
  • Não pretendi, nem o fiz para atribuir a culpa aos imigrantes, turistas ou investidores mas fazer uma chamada de atenção para as consequências nas escolhas feitas no desenvolvimento da ilha.
  • Reitero, gosto de ser atendido por um Madeirense em qualquer circunstância, serviço, lugar ou pais.
  • Os que apelidam-me de xenófobo eu acuso-os de ser antipatriotas. Para quem não sabe ou já não se lembra, aconselho a reverem esta obra-prima, tão atual e verdadeira:

O único insulto com que posso concordar é com o de "desertor". Mas caramba... 30 anos a lutar contra a maré, é demais!!! Sim, fugi.

Falta estratégia política de forma a criar um equilíbrio. Há que limitar os imigrantes, os investidores estrangeiros do imobiliário e mais importante, travar os que emigram porque somos uma região muito pequena e qualquer pequeno desequilíbrio tem enormes repercussões.

A nossa cultura centenária será esquecida, alterada ou substituída em poucas décadas.

O nosso sotaque, a língua, as tradições, a gastronomia e a paisagem é algo que se vai perder…

Com o texto também queria demonstrar que a Madeira tem perdido qualidade, tanto para o turista como para o nativo e ninguém parece despertar para essa nova realidade. 

Perguntem ao turista habitual se a Madeira esta melhor?

Quantos de vós no Verão e ao fim de semana estão dispostos a ir ao Caldeirão Verde, Ribeiro Frio, Rabaçal, Porto Moniz, Pico Arieiro, Calheta, Seixal, Prainha?

Quando fazia o convite aos meus familiares e amigos "torciam" logo o nariz e tentavam-me demover, sugerido soluções mais caseiras.

Se não podemos usufruir, de que serve visitar / viver na melhor ilha do mundo.

Câmara de Lobos é um exemplo paradigmático do desenvolvimento de "sucesso" da Madeira, olhando com mais atenção verificamos que é um lugar artificial,  renovado e moldado para o turismo e o estrangeiro.  Os residentes e os pescadores dos famosos barcos Xavelhas, foram expulsos e  esconderam em bairros ou nos subúrbios (apesar de usarem as suas embarcações para fazer publicidade à Madeira). O centro está bonito, arrumadinho, limpinho mas onde está a sua identidade e autenticidade? Qual é o beneficio para a população? Para ter uma noção do nível de destruição da paisagem desta terra aconselho uma visita ao Pico da Torre.

Se não optarem pela mudança é o vosso modo de vida que está em  risco. Não é desculpa estarem tão dependentes dos interesses instalados, do poder, da oligarquia, da "cunha", do turismo, do subsidio.

São os vossos filhos, netos, familiares e/ou amigos que irão emigrar para estudar, estagiar ou trabalhar e não vão voltar.

Infelizmente, e como parece ser já norma é preferível não reconhecer, enterrar a cabeça na areia e atacar quem pretende o melhor para a sua terra.  

Não sinto magoa, rancor ou inveja por ter deixado a minha terra.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 31 de Outubro de 2023
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