C oisa nunca vista em Portugal, o Ministério Público (MP), provoca a demissão do Governo, que detém uma maioria na Assembleia da República. Tudo com a bênção do Presidente da República, quando sobre ele recaiam suspeitas de alegada intervenção no caso das luso-brasileiras, que receberam um tratamento excecional, que custou milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde.
O MP, com base em escutas, pretende acusar pessoas, mas não tem factos que suportem uma eventual acusação. Parece conversa de vizinhas, que espiam a vida alheia, com o ouvido na parede ou por detrás das persianas, esquecendo que para saber o que, com efeito, se passou, é necessário firme certeza de factos, e não suspeitas, já classificadas por um prestigiado advogado, como conversas de tasca.
Não é a primeira vez que assistimos a este espetáculo deprimente de denegrir a reputação de pessoas, e depois tudo resulta em nada.
É confrangedor assistir, através da TV, a horas de comentários sobre escutas sigilosas, mas que são cirurgicamente derramadas pelos media, por quem as detém, sem qualquer pudor. Até advogados participam na discussão pública de matérias em segredo de justiça!
Assim, os portugueses vão sendo envenenados por quem gerou esta intentona. Faz parte da estratégia. Deixar os governados contra os atuais governantes. E pior do que isso, é a desacreditação dos políticos, entretanto gerada, e, por consequência, da própria democracia.
Se o MP existisse na Madeira, por certo, também teria campo de ação. Mas não! A Madeira é um éden. Ninguém investiga os negócios da Empresa de Eletricidade da Madeira, do Teleférico do Curral das Freiras, da Praia Formosa, do Pestana, da GESBA, do Marítimo, das Algas no Porto Santo… Nesta terra idílica, tudo se passa dentro da legalidade.
Conheci um empresário que, antes de entregar nas Câmaras os seus projetos, ia à Quinta Vigia deixar uma cópia. Ele lá sabia porquê! Mas o MP por aqui nada sabe, senão perseguir uns rouba-galinhas e fazer de uma inofensiva ação um grande crime.
Quanto à prova que dizem ser a mais importante, a quantia em dinheiro apreendida no escritório do chefe de gabinete do Primeiro-Ministro, é preciso dizer que, face à ladroada e gatunagem que existe, o homem guardou o dinheirinho num lugar seguro, devidamente vigiado. Isso não constitui crime, mas bom senso de um homem ajuizado, que economizou aqueles trocos e queria proteger o seu pecúlio.
Na Madeira, não haverá quem guarde bens preciosos no seu gabinete? Antiguidades, pinturas e pó branco andam por aí. O que faz o MP na Madeira? Nada! Aqui o MP não tem capacidade de escutar.
A democracia em Portugal corre perigo com a judicialização da política. A separação de poderes é um pilar da sociedade democrática
Na Madeira, nada se passa, porque simplesmente o MP não atua. A sua inação é notória há muitos anos. Era melhor que o fechassem, porque do que deveriam efetivamente tratar, não o fazem. Nem Câmaras, nem Governo regional merecem a sua atenção, apesar das muitas suspeitas, publicamente faladas.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 11 de Novembro de 2023
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.