24 de janeiro, o 20 de fevereiro político na Madeira


P arece que há instituições tão esclerosadas e cristalizadas que, de 47 anos de inação, continuam no mesmo "ram-ram". Rebenta-lhes uma bomba em casa e ficam quietas. O nosso Parlamento, que nos habituou a coadjuvar o executivo para ilibar de culpas, em vez de fiscalizar, não deveria tomar posição sobre a legalidade e autoridade de Miguel Albuquerque continuar como chefe do governo?

Vemos zero, com os partidos da oposição se calhar aflitos porque gostam da zona de conforto onde se berra umas coisas, mas sempre naquele posto que aufere vencimento acima da média sem responsabilidades.

António Costa elevou a fasquia da exigência de transparência para titulares de cargos públicos, para que estes se mantenham em funções. Como é que Miguel Albuquerque com suspeições, acusações e sendo arguido ainda não se demitiu nem ninguém diz nada? E então os órgãos próprios da Autonomia não se mexem? Se calhar colocaram incompetentes para fazer a vez e nem sabem como proceder, é o cúmulo! Percebemos no "day-after" que a ALRAM está perdida e atarantada, o modelo perfeito colapso e as figurinhas são baratas.

O nosso Presidente da República também é boa prenda! Então fecha-se em copas sendo Albuquerque um dos seus conselheiros de estado acusado. Na convoca Conselho de Estado urgente e não lhe pede a retirada de imunidade perante a gravidade da situação quando já é arguido? O Presidente da República não é garante do bom funcionamento dos órgãos do Estado e acabou por politiquice semear a instabilidade no país. Agora fica quietinho a ver a banda passar, na máxima de que boca fechada não entra mosca. Marcelo não vai ganhar o jogo de deixar o PSD no poder, vai instalar a extrema-direita defensora da ditadura que, neste ano, festejamos os 50 anos de nos vermos livre dela. Com eleições a 10 de março, arriscamos o 25 de abril a anunciar as sementes de nova ditadura, porque se ignora como o 24 de janeiro foi um 20 de fevereiro político, com o precedente de Costa.

Ao não pedir a demissão de Albuquerque, que Albuquerque peça por sua iniciativa demissão, Marcelo Rebelo de Sousa mostra como está a fazer política com dualidade de critérios, mas que lhe está a sair tudo errado mesmo calculista como é!

Uma palavra final para o PAN Madeira, não retirou o apoio parlamentar ao PSD-M no Parlamento Madeirense, é cúmplice e colaboracionista da corrupção. Sejamos francos, afinal não é para isso o desejo de maioria absoluta? Com certeza esta situação não foi acordada, se foi, o caso já é de polícia. Se calhar o documento nunca foi público para manobrar. Que democracia!

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira

Enviar um comentário

0 Comentários