A Maçonaria e o PSD


U ma vez perguntaram a alguém o que ele pensava da Maçonaria. A resposta foi, no mínimo, caricata “É um grupo de homens que fumam charuto e que mandam no mundo”. Se a resposta era espectável de alguém que não conhece a política, a verdade não está muito distante da realidade. 

Nos dias de hoje é fácil de perceber que a política depende dos interesses económicos e de que a Madeira não difere do resto do mundo. A Maçonaria, pelo seu secretismo, move-se nos corredores do poder e as ligações de muitos políticos à Maçonaria ou é conhecida ou é suspeita.

Mário Soares chegou a confessar que foi maçon mas que saiu a tempo, enquanto Manuel Alegre, outro ilustre socialista, confessou que fazer parte da Maçonaria é um atentado aos direitos instituídos na Constituição Portuguesa. 

Se no PS a influência da Maçonaria já era pública, no PSD começa a ter contornos preocupantes. Por mais que se tape o sol com a peneira, a influência da Maçonaria deveria começar a preocupar os democratas porque nos dias de hoje percebe-se que as decisões políticas passam pelo crivo das sociedades secretas. A Opus Dei também não está longe da mesma realidade.

Alguém no perfeito juízo acha que as Comissões Políticas dos Partidos determinam alguma estratégia? As decisões e as escolhas, de muitos candidatos a cargos políticos, passam primeiro pelo crivo de sociedades que mandam mais do que os partidos políticos. Não é preciso ir muito longe para perceber isso.

Veja-se os candidatos que o PSD-Madeira apresentou às próximas eleições de março. Meus caros, as escolhas foram feitas antes do conhecimento da Comissão política do PSD-Madeira. Surpreendente para alguns, os escolhidos apanharam de surpresa as bases do Partido e da maioria da Comissão Política.

Segundo o que transpirou (as sociedades secretas também transpiram), Pedro Coelho era uma pedra no sapato para alguns políticos e foi enviado à frente para a sua morte política. Os restantes foram-no por imposição superior, por motivos ainda não esclarecidos. Alguém no seu perfeito juízo acha que estes candidatos propostos pelo PSD-Madeira recolhem alguma simpatia no eleitorado?

Vejamos então os cenários que se advinham. Se Pedro Coelho obtiver uma boa votação ganha pontos no PSD-Madeira, mas é afastado na mesma para Lisboa por alguns anos até que se esqueçam dele. Se Pedro Coelho obtiver uma votação abaixo do esperado, será eleito na mesma, mas arcará com as culpas do eventual desaire, ou seja, na mesma, estará morto para a política regional.

Com tudo isto sinto pena dos militantes e de alguns quadros que o PSD-Madeira (ainda) possui e que, por motivos obscuros, foram colocados na prateleira à espera de dias melhores.

“Foi na escuridão que encontrei a luz. E foi na luz que vi as sombras que me cercavam”. Nós votamos no que eles querem.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 9 de janeiro de 2024
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