"Forte gente para a guerra"


T emos uma larga fatia da população que não quer se chatear; aceita sem ambição uma situação abaixo dos mínimos, mas em festa. Quando são informados sobre o estado em que a Madeira está, aplicam logo um "nos outros sítios está igual", "estás invejoso" ou "o senhor não está bem", mesmo a pagar e sem viajar. Se tu provas o que dizes e eles factualmente perdem, viram-te as costas e dizem que tu és um Troll, como se tu fosses o louco da sociedade. O problema é esta quantidade de gente a condicionar os outros. O egoísmo e desrespeito é total.

Temos sites com "ocorrências" armados em notícias com uma foto e uma linha, todos querem o sucesso fácil e imediato, dando ao madeirense o que ele quer e exige, pouco raciocínio, uma curiosidade, um fait-diver, discutir futebol, seguir ídolos com pés de barro que lhes basta estar ao pé da santinha, do carro, iate ou num selfie qualquer. Seguem fervorosamente páginas de agências de promoção pessoal ou gente da TV paga para branquear pessoas ou catapultar idiotas, desde que tenham dinheiro. Os debates ficam no imediatismo e não na essência e origem. Os heróis são os idiotas promovidos pelas elites para ocupar o pensamento de quem "roubam".

Temos uma sociedade de Zen's por estupidez, num deixa andar que vai correr mal. Quando ficarem finalmente ligados, do tipo político que perde a resposta "tem calma" e passa ao estado histérico, só porque pode perder o tacho em vésperas de eleições, viramos costas e aplicamos a mesma desfaçatez? Talvez sim, porque o colete de forças estará bem apertado. É sair a cantar a música do António Variações ...

Acho impressionante de como basta sair da terrinha para ficar diferente, basta trabalhar fora para perceberem como tudo fica mais fácil e com menos "peso". Chega um emigrante e ele odeia os expedientes que não funcionam (tem o tempo contado das férias), os preços dos supermercados mais caros do que no país onde trabalha, de tudo precisar da máfia e das cunhas para se decidir, da forma de ser das pessoas. Isto sucede com gente que usa a massa cinzenta depois de despoluída do sistema, porque há outros que são estúpidos em qualquer parte do mundo.

Na base desta situação descrita, está uma escola pouco exigente, o aborrecimento pelo esforço e uma comunicação social que deixou de dar notícias, tipo pescadinha de rabo na boca, eles não atiçam e agora o povo não é "atiçável". Dirão com alegria alguns que objectivo alcançado. Antigamente os jornalistas eram gente que via mais cedo e mais longe, agora são agentes de entretenimento imbuídos do espírito Zen, o jornalismo de agência e assessores também é um facilitismo que garante rendimento sem usar a cabeça. O que será que ensinam agora nos estágios dos novos jornalistas baratos? O efeito já se vê, qualquer coisa que não é notícia passa a ser.

Há dias lendo o CM fui alertado para o facto de nos centros comerciais raramente o madeirense ser maioria, longe disso, e pensei que os russos fazem assim, conquistam uma cidade ucraniana e convidam russos a morar e fazer número. Quando vão a votos há percentagens do tipo "Chega de Ventura" na ideia pró Rússia, com vontade de integração e a favor de Putin. Com uma população que se entrassem por aqui dentro os russos entregavam logo o território, com o completo alheamento da situação da Madeira, com a carestia comparada com os rendimentos, com o desvanecer da população por todos os meios, com os usos, costumes e cultura abafados pela quantidade ditatorial que não se integra, o que fazer agora em minoria?

Estamos a exportar massa cinzenta e a importar gente "qualificada" para obras e hotelaria, a região quer realmente andar mais depressa e diferente e o GR não deixa e depois fala de vanguarda. O poder político e económico não se adapta e atrofia o futuro da Madeira e dos madeirenses.

VIVA A EMIGRAÇÃO!

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 16 de janeiro de 2024
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