Jobs for the boys, and girls too!


C om a constituição, em novembro, do novo Governo Regional, tiveram de ser retomadas as nomeações do pessoal de Gabinete dos membros do dito cujo Governo. Todos compreenderão que um membro do Governo precisa de ter, para coadjuvá-lo nas suas funções, pessoas da sua estrita confiança: 

  • um chefe de gabinete que assegurará as relações com as entidades exteriores e fará a gestão da sua agenda e também coordenará as tarefas administrativas relacionadas; 
  • adjuntos, que desempenharão atividades relacionadas com a gestão do Gabinete e, eventualmente, coordenarão tarefas concretas que lhes forem destinadas pelo governante;
  • técnicos especialistas, que de acordo com o seu perfil profissional, terão um particular ênfase em missões ou tarefas que lhes forem destinadas sendo sempre consideradas as suas específicas particulares qualificações para os objetivos que se pretendem, nomeadamente, intersectoriais ou transversais.

A pergunta que deve ser colocada, perante a proliferação de nomeações, não será a do número de pessoas nomeadas para esses cargos de Gabinete; será, isso sim, saber se os nomeados possuem as qualificações e aptidões necessárias para desempenhar, com eficiência e qualidade, as funções que são esperadas.

Quando se vê nomeações de gente que tem pouco mais que o 12.º ano (nalguns casos menos do que isso) e nenhuma experiência profissional, fico sempre com a dúvida se serão as pessoas adequadas. Ou se serão apenas “jobs for boys and girls”, que doutra maneira, não chegariam a posição e nível remuneratório idênticos. Restará, também, a dúvida sobre os malefícios que essa gente introduz no aparelho da Administração Pública Regional.

Por isso, quando os partidos da Oposição levantam esta questão, deverão passar além dos números e questionar a real valia das pessoas nomeadas para os lugares de gabinete.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 4 de janeiro de 2024
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