Esse juiz que venha para aqui!



N ão percebo nada de justiça nem compadrios, mas ao tal juiz que diz que aqui na Madeira é um mar de rosas, onde não há corrupção nem afilhados, venho aqui dizer-lhe o seguinte:
 
Tenho um prédio na Rua da Conceição, junto do Bom Jesus, que comprei com uns dinheiritos que ganhei na África do Sul com muito trabalho e horas sem dormir. Pedi licença na Câmara para recuperar o prédio e eles me disseram que podia recuperar, mas que tinha que manter a fachada. Eu disse que a fachada estava podre e que tinha uma grande arregoa por cima da janela e, ao mexer naquilo, podia cair, e que o prédio nem miolo já tinha, estava tudo abatido por dentro. Eles disseram que a rua era antiga e que estava ao pé de um prédio com classificação de muito antigo, e disseram que nem nas telhas da frente eu podia mexer. E mandaram uma carta para eu meter ferros e segurar a fachada. A  arquitecta da Câmara disse que se eu deitasse a fachada ao chão ia preso.

Na outra semana, passei na Rua do Aljube e vi um prédio antigo onde eles deitaram a fachada ao chão, sem mais nem menos. Eu por causa do Bom Jesus tenho que manter tudo, estes gajos feitos com a Câmara deitaram a fachada ao chão junto da Sé, sem mais nem menos. E naquele lugar já nada é antigo?

Nesta terra os que têm amigos poderosos podem fazer tudo e rebentar com a cidade que não lhes acontece nada, eu que andei lá fora a comer as passas dos algarve sou entalado e amarrado curto por esta corja.

Esse juiz devia vir para a Madeira, viver e sofrer na carne as injustiças, o que um gajo sofre com estes aldrabões corruptos que nem os negros de África passam nesta vida. 

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024
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