Sobre o nosso ensino


V ou aproveitar o excelente meio de divulgação que é o CM visto ter falado do tema em sede própria várias vezes e ter escrito uma Carta do Leitor DN que, apesar de publicada online, não mereceu interesse para publicar por escrito. É pena, nesse dia foram publicadas cartas sobre o Marítimo e sobre religião (pensava que estávamos num estado laico).

Mas bem, o tema que trago é o Ensino na Região, especificamente no 2º ciclo do ensino básico.

Andamos todos distraídos com o Calado & CIA mas os pais dos alunos têm outro interesse maior: os seus filhos. A SRE tem uma aplicação denominada PLACE ALUNO, onde é possível verificar o saldo e pagamentos relacionados com a alimentação, agenda do aluno, avaliação e respetivos momentos de avaliação incluindo trabalhos para entrega e testes e, especialmente, a assiduidade.

Reparo, desde que a minha filha entrou na ESCOLA GONÇALVES ZARCO, que a aplicação PLACE essencialmente não serve para nada. Indica o horário escolar (mas não as interrupções de semestre), indica o ano, turma e… mais nada. Note-se que até ao 4º ano toda a informação era disponibilizada, inclusive tinha conhecimento da avaliação antes da respetiva data de entrega da mesma aos Encarregados de Educação. Inclusive a parte financeira, onde todos os meses entrego dinheiro em numerário à minha filha, que supostamente carrega no cartão da escola e consome a sua alimentação e outros gastos escolares a partir do mesmo. Digo supostamente porque não tenho forma de saber sem ser deslocar-me pessoalmente à escola e verificar na máquina de pagamentos.

A questão é que a minha filha já foi obrigada a “emprestar” o cartão a outros colegas para aquisição de produtos no bar da escola. Só percebi quando ela chegava esfomeada a casa durante vários dias e com vergonha de dizer que já tinha gastado o saldo todo por esta razão. Se a utilização do cartão estivesse no PLACE, como anteriormente estava, seria fácil perceber que houve um desvio na utilização normal.

O mesmo se passa para a avaliação. Estamos no dia 5 de fevereiro, já iniciou o novo semestre, e não tenho acesso às notas das disciplinas nem indicação de reunião por parte do diretor de turma. Aliado aos famosos tablets e o novo paradigma de não fazer testes de avaliação, estou a adivinhar uma maravilha de aproveitamento escolar. Sou uma mãe preocupada e admito que a minha filha não gosta de estudar, daí ter de prestar especial atenção, mas a falta de comunicação com a escola e direção de turma é difícil de compreender. O mesmo em relação à assiduidade, como sei que as zero faltas são mesmo reais? Não existe dia que a minha filha não tenha “feriados” de aulas, e não estou a exagerar. O mesmo para a falta de trabalhos de casa, mesmo que a queira obrigar a estudar todos os dias, sem TPC ou sugestão de trabalhos por parte dos professores, como posso fazer? Não sou docente nem tenho formação na área pedagógica, posso é cumprir com o meu papel de encarregada de educação e certificar-me que a aluna é assídua, tem condições em casa e na escola para estudar e todas as razões para obter bom aproveitamento.

Em conversas anteriores com o diretor de turma, a resposta é sempre a mesma: já falámos com a SRE em relação à aplicação, tem a caderneta do aluno para qualquer questão que queira colocar, em caso de faltas existem professores substitutos (mentira!) e a escola é segura pois os alunos já não têm de usar dinheiro (mas roubam o cartão do outro!).

Acredito que este alerta público dará motivação para a resolução dos problemas indicados. Obrigada.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024
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