A Worldcoin se viesse à Madeira seria um descalabro


A presidente da AEPD dirigiu-se especificamente aos mais jovens e aos menores, a quem disse que 70 euros podem "resolver um fim de semana", mas ceder dados pessoais, e sobretudo biométricos, acarreta muitos riscos, uma vez que podem ser usados para roubos de identidade ou controlos não voluntários por parte de empresas, por exemplo, acabando potencialmente por "condicionar o futuro" de uma pessoa.

P agar 70€ (em criptomoeda) a multiplicar por milhares é uma fortuna, é o que a Worldcoin faz em Portugal e fazia em Espanha. Qual é o grande negócio que vai gerar lucro para pagar isto? Pense! Eu só fico a pensar no sucesso impensado que teriam dos madeirenses com a pobreza que aqui anda, se já mudam de voto por um frango.

Espanha já se mexeu, proibiu a Worldcoin de recolher mais "iris" e as sanções podem chegar aos 20 milhões de euros se continuar a recolher dados no país de nuestros hermanos. Está obrigada "a bloquear" toda a informação que obteve até agora naquele país. Ao que parece conseguiram que 400 mil pessoas se prestassem ao negócio. O Estado Espanhol serenou aqueles que aderiram porque vai bloquear o uso dos dados recolhidos, para não serem usados, vendidos ou cedidos.

Quero ressalvar duas situações. Se a Worldcoin viesse para a Madeira, a nossa comunicação social aceitaria a publicidade paga da empresa e colaboraria? É que já faz com Bitcoins e não se vê contraditório.

Outro pormenor que é preciso recalcar. A coragem de Espanha é de louvar pela sua clarividência, e Portugal? Espanha agiu rápido para evitar mais cidadãos manipulados e espoliados da sua identidade, a iris, mais valiosa do que uma impressão digital. O mundo paralelo nas economias, empresas promotoras de desvio de dinheiro, fuga a faturação e ao fisco, estão em alta, por isso, a atividade da Worldcoin, os Bitcoins e o roubo de dados do Sesaram. Todos continuam impunes e incapazes de ver o que aqui anda!?

Pobres cidadãos enganados, ou então inconsequentes quanto à realidade obscura por trás da recolha deste tipo de dados. Até lembra a situação de quando se  diz que alguém vende sua alma ao diabo. Aqui, vendem a quem? Quem gere essas empresas e os dados recolhidos? Quais os objetivos? Onde estão eles? Quais os objetivos? São dados que serão utilizados no futuro? De que forma? Quais as implicações para quem cedeu e sua "alma", a sua "identidade a desconhecidos"?

Continuam a manipular a pobreza.

Quero deixar informações resumidas sobre a Worldcoin:

  • É um "negócio" que oferece criptomoedas pelo scan da sua íris;
  • A íris é um dado único e imutável. Ao vender a sua digitalização entrega um elemento crucial da sua identidade e privacidade. Se é crente, é como vender a alma ao diabo, repito.
  • A textura e a cor da íris podem indicar a origem geográfica de uma pessoa, fornecer pistas sobre a etnia e a descendência.
  • A íris pode fornecer sinais de doenças oculares, doenças hereditárias ou indicar a predisposição alguns tipos de tumores.
  • A Worldcoin, com a sua iris, tem potencial para controlar o acesso a serviços e recursos, abre portas para manipulação e censura em larga escala.
  • Na sequência do ponto anterior, o acesso aos elementos da iris pode levar à discriminação e exclusão de grupos sociais.
Entenda isto com seriedade. A Worldcoin é uma criptomoeda nova, é natural que seja um esquema Ponzi que precisa de novos utilizadores para pagar os antigos. Ao fazer scan da sua iris, indexa algo seu ao valor Worldcoin que pode ser vendido a terceiros para fins lucrativos, no fim do esquema como último ganho.

O futuro implica que proteja a sua identidade digital e os seus dados pessoais, já não estamos no início, mas começou o contacto abusivo ao cidadão comum.

Que viva Espanha! Onde anda Portugal? Já agora o Albuquerque para mais uma jogada!

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 7 de março de 2024
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