Devo ser o caso mais descarado e grave de perseguição política, profissional e pessoal de toda a Madeira e mesmo de Portugal.
F ui expulso do PSD por nada logo depois de ter terminado o meu mandato enquanto dirigente, fui exonerado de funções enquanto Vogal de uma Comissão de forma ilegal, infundada e difamatória, tive um processo disciplinar no SESARAM por delito de opinião, sofri ameaças de morte anónimas (que a PJ regional se recusou a investigar), tenho lutado durante 7 anos pelos meus direitos em sequência de um acidente de trabalho e o SESARAM e o Governo Regional têm sido execráveis (com a cumplicidade da Justiça regional), recentemente fui alvo de ameaças físicas de um campeão nacional de desporto de combate e logo depois de ameaças de processos judiciais por parte do seu pai (que é director Regional), vi os meus carros serem vandalizados por diversas vezes, os meus familiares mais indefesos serem discriminados na prestação de cuidados de saúde e assistência social, eu próprio “não tenho direito” às ajudas sociais para as quais preencho todos os requisitos porque “alguém” decide sempre ao contrário daquilo que seria lógico, recentemente fui “avisado” que ia ser alvo de uma inspeção domiciliária quando não me pagam nem vencimentos ou subsídios de doença e quando há decisões judiciais e informações clínicas inequívocas que comprovam toda a minha situação, tudo isto para criar ruído e incómodo na minha vida pessoal em alturas especiais do ano (normalmente férias de verão dos meus filhos e mulher ou período do Natal)!
Há quase 17 anos que sou declaradamente perseguido por uma opção de carreira que tomei: tirar o Curso de Especialização em Administração Hospitalar!
Foi esse o meu grande “pecado” e “erro”: eu “atrevi-me” a tirar um curso que não devia ser tirado por “uma pessoa como eu”, eu não devia ter demonstrado que eu conseguia entrar num curso para o qual nenhum outro madeirense da nossa elite dirigente (e foram muitos os que tentaram) tinha conseguido entrar nos 25 anos anteriores, não podia um simples técnico superior sem qualquer cargo de chefia no SESARAM demonstrar que afinal havia pessoas boas, cérebros capazes, entre os que simplesmente trabalhavam!
Fizeram de tudo para que eu não estudasse, não tivesse aproveitamento no Curso e finalmente acabasse o mesmo.
Não tiveram sucesso nos dois primeiros, mas conseguiram o segundo: não sou Administrador Hospitalar em consequência do acidente de trabalho que sofri no SESARAM.
Mas não é isso que me diminui enquanto profissional, mesmo em relação à Administração Hospitalar, e não é isso que me tira méritos no meu percurso profissional, a nível académico e outros contributos (destaco aí o meu Novo Hospital): tirei toda a parte curricular com aproveitamento, mesmo estando deslocado em Lisboa com uma licença SEM VENCIMENTO durante um ano (foi a única opção oferecida pela então Administração do SESARAM), fui nomeado pelos meus colegas de Curso e restantes alunos da Escola para o Conselho Pedagógico da ENSP-UNL. Depois tive 20 valores no meu estágio profissional, melhor nota de sempre no Curso, estágio de 2 meses feito num só mês, em Lisboa, durante as minhas férias do SESARAM, com a minha mulher no final de uma gravidez de risco, porque a administração do SESARAM não autorizou que eu fizesse o mesmo, nem nenhuma instituição regional de saúde se mostrou disponível para me receber.
Quando estava a fazer o meu Trabalho de Campo, também em Lisboa porque na Madeira tal era impossível pelas dificuldades sempre impostas por quem mandava na Saúde, tive o meu acidente de trabalho e fiquei impossibilitado de terminar o meu Curso! Uma tragédia pessoal e para toda a minha família.
Acusam-me vezes sem conta de querer “tacho”: eu sempre quis ser apenas um ADMINISTRADOR HOSPITALAR! Foi para isso que estudei e era essa a minha carreira e o nível de ordenados que estava à espera de conseguir e ambicionava através de uma carreira internacional! Nem mais, nem menos. Não há nenhum lugar na Madeira que pague o valor justo que estão dispostos a pagar no estrangeiro por um profissional com a minha formação e experiência!
Ninguém critica um médico por querer ser aquilo para o qual estudou e ninguém o acusa de querer ganhar como médico que é, ninguém o critica se for para o estrangeiro ganhar 30 vezes mais: o meu caso é exactamente igual!
Algumas das pessoas que aparecem nesta página do JM fizeram parte das perseguições que me foram impostas e à minha família ao longo destes muitos anos: eles são culpados disso!
Mas por serem culpados de me perseguirem e prejudicarem conscientemente e deliberadamente, isso não justifica que sejam eles agora os perseguidos por terem apoiado o Manuel António Correia!
Esta “caderneta de cromos” não é de funcionários do PSD, não é de seguidores cegos de uma qualquer seita satânica, são titulares de cargos públicos e são pagos por todos nós para trabalharem e não para prestarem vassalagem acéfala a quem os nomeou!
Não tenho pena de ninguém, mas é tempo de isto se tornar uma terra de gente séria e de o povo ter consciência e ação crítica em relação a tudo o que está errado! Não podemos, enquanto povo, só nos manifestarmos quando somos nós as vítimas! Temos que ter maior empatia pelo próximo e lutar pela justiça e aquilo que é correcto perante os abusos que são cometidos sobre os mais fracos e indefesos.
É preciso agir e defender o correcto, mesmo que apenas através do voto secreto.
Duarte Nuno Dória
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 23 de março de 2024
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