O Correio da Madeira sempre existiu com o slogan "atualidade regional comentada", é a expressão mais pequena para dizer que se pretende opinar sobre assuntos, a vivência na Madeira, dia a dia, com a intenção de colocar a Opinião Pública visível sobre o que importa, quando a política só quer saber de si e de neutralizar todos aqueles que fujam ao medo. Alguns acham que a Opinião deve estar num curral. Não vai.
Tem poucas semanas tivemos a intenção de encerrar o site durante a campanha eleitoral, porque alguns só se lembram do CM quando há eleições, e querem tanto o seu tachinho que usam de todas as pressões psicológicas ou tentativas de destruir a idoneidade do site para conseguirem fazer passar o que desejam e que nada tem a ver com "atualidade regional comentada". Não somos os placards da câmara para colocar o cartaz a pedir o voto. O ambiente pode mudar para os políticos em campanha, para nós continua exatamente igual. Apelar ao voto não é tratar de assuntos, se ainda trouxessem uma informação útil sobre programa eleitoral, sobre o que pensam nesta e naquela área ou matéria, naturalmente que era publicado.
O problema é que se vê que só querem o voto do povo, mas já nem se comprometem com nada, é todo macro, volátil, palavras no ar, sem explicação. A Opinião Pública já reparou nisso? Querem um voto como cheque em branco. O problema é que ficaram escaldados, a Opinião Pública passou a escrutinar o que dizem e isso correu-lhes especialmente mal. Temos campanhas que são repositório de promessas já feitas que são requentadas.
O nosso compromisso, vínculo, não é o que a maldade de tachistas e partidários querem, é com a população e é nessa perspetiva, do que é de interesse da população, que o site deve ser visto e não mais uma vez como uma guerra partidária. Aquela que faz com que hoje saindo conteúdo de um partido o Correio da Madeira já pertence a esse partido e na hora seguinte saindo de outro, vêm outros e já reclamam que afinal já somos deste e daquele. Nesta ambiência, sem absolutamente assunto nenhum, a não ser gente que usa a política como forma de emprego e fica furibunda quando se faz moderação, nasce uma mistura de aflição/desejo/caciquismo.
Moderação não é censura, é passar o texto pelas folhas das regras e aprovar, é ajudar um texto que não está bem escrito, porque tem conteúdo. É arranjar imagem, documentos de suporte, vídeo pertinente, etc. O site, porque aborda assuntos, exige um corpo mínimo de texto, há pessoas que insistem em mandar bocas como se fossem textos e exigem que seja publicado. Tentamos resolver pondo no Ocorrências CM, dai nasceu a suspeição se eram verdadeiros. É impossível aturar tantos macacos na cabeça que nos tornam iguais a este mata e esfola da política madeirense. Optamos por reunir os que têm ao menos uma ideia e reunir nas "curtas". A percentagem do que não sai é baixa, a menos que aconteça como hoje, mas até vai sair. Na Madeira, tal como existe escritores de meia dúzia de páginas em livro, também há "bocas de Facebook" que querem ser texto publicado.
O apelo ao voto é uma instrução para que o leitor faça assim ou assado, não é um assunto. Apelar ao voto sem tratar de um assunto, "atualidade regional comentada", não deixa nada à população mas quer publicação. Se o site fosse isso não teríamos sucesso.
As eleições são um momento degradante da "atualidade regional comentada", por isso equacionamos fechar o site nesse tempo. Nós deste lado sentimos porque há abstencionistas, porque a política não é tema popular, e uma grande parte dos que estão na política são medíocres que atraem mais medíocres, este é o problema da política regional. Não aparece gente com categoria e todos nós acostumamo-nos a esta baixaria, porque nem temos comparação com gente maior. O ambiente político é mau porque matou a boa semente e querem que o Correio da Madeira se torne pocilga, não vai acontecer. Por mais que insultem, mintam ou tentem destruir a idoneidade.
Este site é da população, da Opinião Pública, do assunto, contra o medo e não vai se posicionar como se a política fosse o único lugar onde se pode ter opinião. Este é o problema de muitos políticos, tratar a população como acéfalos e carneiros que se submetem à pocilga da política. Isso acabou! Já destruíram o Parlamento, a comunicação social e uma comunicação séria no executivo. Não vão fazer o mesmo no Correio da Madeira.
Queremos transmitir esta experiência. Vemos que quem pensa, tem caráter, coluna e não encarneira, no intuito de melhorar a política, acaba por ser afastado. A política, na Madeira e com certeza noutros sítios, é de gangue onde conta o número de pessoas fanatizadas, que é do partido porque lhe deu atenção ou do tipo clubite, onde o pensamento pouco conta mas sim a capacidade de fazer ruído e abanar a bandeira. Se olhar para o PSD do momento verá o resultado. O pensamento dominante na generalidade dos partidos é de que, se o poder for nosso, haverá brinde para todos. Perdeu-se completamente a noção dos objetivos dos partidos na democracia, da mesma forma como perderam ideologia ou programas eleitorais/governo. Depois, como os melhores são afastados, a moderação e o pensamento desaparece e fica o caciquismo que querer à força o poder para alcançar o benefício. O discurso e o ambiente mergulha. Aqui, o interesse comum em prol da sociedade desaparece e fica o EU disfarçado. Depois vem o reverso da medalha, se os pensantes excluídos se derem ao trabalho de escrever, cada texto é mortal, e o gangue estrebucha.
Se calhar é por isso que o CM é irritante, por não encarneirar em gangues. Por isso é preciso arruinar.
É preciso referir que alguns envios são só apelo ao voto sem conteúdo, alguns nem percebemos a razão porque não chegaram textos mencionando partidos, talvez na ânsia de pressão esquecem-se de esperar o ok do envio. Etc. Agora pede-se o voto e não se entrega compromisso? Mais do mesmo? E vamos entregar anonimato sem conteúdo? Os textos dizem muito sobre as pessoas que escrevem.
Não somos de nenhum partido, há regras. Não temos culpa se uns trabalham e outros não, se uns trabalham sempre e outros só em campanha/eleições, nem das consequências de eventuais sondagens. Temos nojo da política, na Madeira está a empobrecer os madeirenses, está a desaparecer com eles da Madeira. Este é o problema e ficaremos do lado da população. Se um texto tiver conteúdo e for educado sai, se estiver mal escrito ajudamos, fazemos tudo, agora quando entendem nos instrumentalizar e ofender no que fazemos refinamos. Vota em mim sem programa não é opinião, é instrução seca, é de políticos vazios.
Já agora, o único partido que tentou neutralizar o CM, ou melhor, os únicos elementos que tentaram neutralizar o CM foram militantes de um partido da oposição. Um partido tão visado neste site nunca o fez nem isoladamente por militantes. Se o partido que tentou neutralizar a opinião pública tiver poder, como vai ser? Passam o tempo a ignorar o que a população diz num site de opinião pública e nas eleições dá-lhes a esperteza? Perguntem-se a si próprios porque chegaram a isto!
Deitamo-nos tarde na madrugada em benefício do site, mas tarde na madrugada e manhã cedo aconteceu isto...
Correio da Madeira
(o texto 191 foi o do Raio-X ao Paulo Cafôfo)
(O formulário bloqueou, provavelmente pelo palavreado)
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